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Índices de NY e Londres desabam. Oscilação violenta

Mas estava tudo previsto, não é isso, Cegonhóloga?
publicado 06/02/2018
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O medo da volta da inflação, o medo de alta dos juros, o medo de a Economia mundial não crescer, e o medo de a bolha da dívida explodir explicam a gangorra que mais parece uma montanha russa nos mercados de ações.

Após forte queda durante o período da manhã, os índices Dow Jones e Nasdaq da Bolsa de Nova York se recuperaram e registraram leves altas no meio da tarde. Às 16h (horário de Brasília), o Dow Jones operava próximo da estabilidade, com variação de 0,03%.

As bolsas da Europa seguem em forte queda. O índice FTSE 100, de Londres, segue em queda de 2,64% e o DAX, da bolsa de Frankfurt, em -2,32%.

No Brasil, o Ibovespa, da bolsa de São Paulo, se mantém em alta de 1,63%.



Antes o 
Conversa Afiada publicou:

Bolsa de NY abre em forte queda


De acordo com a Bloomberg
, o índice Dow Jones da Bolsa de Nova York abriu em queda superior a 2,2%.


 

Bolsas: Europa segue a Ásia e despenca


O índice Stoxx Europe 600, que cobre 90% do mercado de capitalização em 18 países europeus, caiu ao menor índice desde junho de 2016. Os títulos de absolutamente todos os setores da indústria despencaram até 2%.

Em Londres, o índice FTSE 100, do Financial Times, caiu 2,1%. É o pior resultado em dez meses. A Libra Esterlina e o Euro atingiram a cotação mais baixa em relação ao Dólar nas últimas duas semanas.

Os títulos da dívida pública também caíram 0,68% na Alemanha e 1,492% no Reino Unido.

A terça-feira 6/II é o quarto dia consecutivo de quedas na bolsas de valores ao redor do mundo. As perdas nos preços dos ativos chegam a US$4 trilhões.

Ou, como pergunta o âncora da Bloomberg TV: "o mercado está tendo um chilique ou um momento de terror?"



Bolsa de Londres tem a maior queda em um ano


O índice Financial Times da Bolsa de Londres tem a maior queda do ano, segundo o The Guardian.

Leia também no Conversa Afiada:



Bolsas de Tóquio e Xangai desabam!

Estava previsto, disse a Cegonhóloga no Mau Dia Brasil!

Do G1:

Queda em bolsa dos EUA derruba mercados da Ásia e da Europa


Contaminadas pela retração de segunda-feira (5) da Bolsa de Valores de Nova York, nos Estados Unidos, as bolsas asiáticas também encerraram em baixa nesta terça (6). As bolsas europeias segume a mesma tendência e operam em baixa na manhã desta terça-feira (6).

O índice Nikkei de Tóquio fechou em queda de 4,73%, aos 21.610,24 pontos. Foi a maior baixa desde novembro de 2016. O Topix, segundo principal indicador, caiu 4,4%, no mesmo momento, para 1.743,41 pontos.

Os principais índices acionários da China registraram forte queda, com o índice de Xangai registrando a maior perda em quase dois anos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, teve queda de 2,94%, enquanto o índice de Xangai caiu 3,38%, a maior queda diária desde fevereiro de 2016. (...)


    Explodiu! A "Coisa" desembestou em NY e na Bovespa!

    É a maior queda num só dia!

    Deu no New York Times:

    Os índices S&P e Dow desabaram nessa segunda-feira 5/XII na sequência de um desabamento global, com a perspectiva de que acabaram os "os bons tempos" - slow growth, low inflation, and low interest rates that prevailed over the last decade - de crescimento baixo, inflação baixa e juros básicos que prevaleceram na década passada.

    Ainda segundo o New York Times, isso é uma péssima noticia para o presidente Trump, que faturava o boom da Bolsa, como se fosse obra dele...

    Da mesma forma, a Cegonhóloga e os açougueiros  do tal neolibelismo começam a ver a luz no fim do túnel - é um trem em sentido contrário!

    PHA

    Em tempo: Boeing e Exxon caíram mais de 5%. Petrobras e Embraer passam a compradoras. Kkk. Acho que o plano de privatização do gatinho angorá foi pro brejo. A recuperação da nossa economia só pelo mercado interno - Vasco



    A "Coisa" desembestou: Davos se tornou uma agência bancária

    Belluzzo: isso não vai dar certo...

    O Conversa Afiada reproduz da Carta Capital artigo do professor Luiz Gonzaga Belluzzo, de título"Davos e a Globalizacão":

    Há alguns, poucos anos, o Forum Econômico Mundial abriu seus sesquipedais salões em Davos para simular o acolhimento de dúvidas e questionamentos a respeito da globalização, dúvidas que afligem os desglobalizados.

    Nos anos 90, os mesmos salões fervilhavam orgiásticas celebrações do caráter benfazejo da globalização: 1) a homogeneização do espaço econômico e a submissão crescente das malfeitorias da política à racionalidade imposta pelo mercado; 2) a aproximação entre formas jurídicas, os estilos de vida e os padrões culturais dos povos.

    Em seu desenvolvimento concreto, a busca de novas fronteiras de expansão, impôs a intensificação da concorrência capitalista. Na contramão das superstições dos “economistas do mercado”, a intensificação da concorrência culminou na centralização dos capitais mediante a farra das fusões e aquisições. A centralização do poder em um grupo restrito de grandes empresas foi acompanhada concentração da renda e da riqueza. No mesmo movimento, o encolhimento do espaço jurídico-político ocupado pelos Estados nacionais debilitou a soberania popular.

    O trabalho pioneiro de James Glattfelder — “Decoding Complexity: Uncovering Patterns in Economic Networks “ — desvela de forma rigorosa a concomitância entre a constituição das cadeias globais de valor e a brutal centralização do controle da produção, e da distribuição da riqueza em um núcleo reduzido de grandes empresas e instituições da finança “mundializada” que mantêm entre si nexos de dependência nas decisões estratégicas: 36% das grandes transnacionais detêm 95% das receitas operacionais de todas as 43.000 empresas transnacionais conhecidas. Mais importante: os 737 principais acionistas têm o potencial de controlar 80% do valor destas empresas. Estes acionistas são principalmente instituições financeiras e fundos de investimento dos Estados Unidos e do Reino Unido. No texto “Defining Financialization”, o Roosevelt Institute aponta que os lucros no setor financeiro, que representavam menos de 10% do total dos lucros corporativos em 1950, cresceram para aproximadamente 30% em 2013. Em 1970, os cinco maiores bancos detinham 17% dos ativos bancários agregados, mas em 2010 passam a deter 52% (Dallas FED). O jogo da competitividade global se aliou às novas normas de governança das empresas para concentrar o poder nas mãos dos acionistas e dos administradores da riqueza financeira. As empresas ampliaram expressivamente a posse dos ativos financeiros, não como reserva de capital para efetuar futuros investimentos fixos, mas como forma de alterar a estratégia de administração dos lucros acumulados e do endividamento. O objetivo de maximizar a geração de caixa determinou o encurtamento do horizonte empresarial. A expectativa de variação dos preços dos ativos financeiros passou a exercer um papel muito relevante nas decisões das empresas. Os lucros financeiros superaram com folga os lucros operacionais. A gestão empresarial foi, assim, submetida aos ditames dos ganhos patrimoniais de curto prazo e a acumulação financeira impôs suas razões às decisões de investimento, aquelas geradoras de emprego e renda.

    Nos países desenvolvidos, foram revertidas as tendências à maior igualdade - tanto no interior das classes sociais quanto entre elas - observadas no período que vai do final da Segunda Guerra até meados dos anos 70. Desenjaulada, a Coisa desembestou, liberando os impulsos mais profundos de sua natureza. Os bem sucedidos acumulam “tempo livre” sob a forma de capital fictício ( títulos que representam direitos à apropriação da renda e da riqueza) enquanto para os mais fracos, a “liberação” do esforço se apresenta como a ameaça permanente do desemprego, a crescente insegurança e precariedade das novas ocupações , a exclusão social.

    Estudioso das desigualdades, o ex- economista do Banco Mundial, Branko Milanovic, borrifou maldades e ironias nas fatiotas dos bacanudos de Davos. “ Como sabemos, os temas mais importantes de nossa época, a pobreza e a desigualdade frequentam permanentemente as preocupações dos participantes. Infelizmente eles não conseguem tempo ou dinheiro, talvez lobistas empenhados, para ajudar na consecução das políticas que dizem apoiar durante as sessões oficiais do evento. Por exemplo: aumentar os impostos que recam sobre os rendimentos do 1% mais rico ou sobre grandes heranças...”.

    Pano Rápido.