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Governo do Rio renova concessão de alvo da Lava Jato

RioCard controla a bilhetagem do transporte público no estado
publicado 05/05/2018
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Bilhete Único fluminense movimenta cerca de R$ 6 bilhões ao ano (Reprodução: TechTudo)

Do UOL:

RJ renova acordo, e alvo da Lava Jato mantém controle do sistema de bilhetagem de transporte


O governo do Rio de Janeiro renovou pela oitava vez o acordo com a RioCard, empresa que opera o sistema de bilhetagem eletrônica do transporte público estadual e que foi alvo de mandado de busca e apreensão na Operação Lava Jato. O convênio foi estendido, sem licitação, por mais oito meses e é válido até 31 de dezembro deste ano.

(...) A última renovação havia ocorrido em agosto do ano passado, seis dias depois do cumprimento de ordem de busca e apreensão na sede da RioCard, no centro da capital fluminense. A ação fez parte da Operação Ponto Final, desdobramento da Lava Jato que levou à prisão dos principais nomes da cúpula do transporte público no Estado.

A empresa de bilhetagem é ligada à Fetranspor (Federação das Empresas de Transporte), entidade que reúne dez sindicatos e atua como ponte entre o poder público e os empresários do ramo. É responsável pela gestão do Bilhete Único fluminense e movimenta cerca de R$ 6 bilhões por ano, de acordo com depoimentos colhidos pela força-tarefa da Lava Jato.

(...) Na Operação Ponto Final, a Lava Jato informou ter identificado um grandioso esquema de cobrança e pagamento de propina no setor, com repasses milionários a agentes públicos, em troca de vantagens ilícitas, como atos de ofício, concessão de benefícios fiscais, reajustes de tarifa, entre outros. O esquema de propina movimentou, no total, mais de R$ 260 milhões, de acordo com denúncias oferecidas à Justiça. Somente o ex-governador Sérgio Cabral (MDB), apontado como chefe da quadrilha, teria levado R$ 144,7 milhões de 2010 a 2016. (...) Além disso, três presos na Operação Ponto Final faziam parte da diretoria da RioCard: Lélis Teixeira, ex-presidente da Fetranspor; José Carlos Lavouras e Marcelo Traça, ex-conselheiros da federação. (...)