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Dívida explodiu! Só o calote salva!

78% do PIB para não deixar o dólar chegar a R$ 5!
publicado 02/05/2019
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O Conversa Afiada sustenta que, sem dar o calote nos rentistas e nos bancos, a vaca se dirigirá inevitavelmente ao brejo.

O problema das contas públicas não é a previdênssia, mas a incontrolável dívida com os ricos - e a tentativa de protegê-los de uma cavalar desvalorização cambial que, solta, chega ao dólar de R$ 5!

É o que demonstra essa análise de Isabel Versiani e Alex Ribeiro no PiG cheiroso:

Dívida bruta bate recorde e chega a 78,4% do PIB


A dívida bruta do país bateu em março novo recorde, chegando a 78,4% do PIB (Produto Interno Bruto), ou R$ 5,431 trilhões. Mais do que a tendência de crescimento da dívida, que se verifica de forma contínua mas gradual desde 2014, o que chamou a atenção foi a magnitude da alta no mês, equivalente a um ponto percentual do PIB.

O salto em março refletiu, segundo o Banco Central, a combinação de um déficit primário ainda elevado - apesar do recuo verificado na comparação anual - com o impacto de despesas da autoridade monetária com contratos de swap cambial e com operações compromissadas no mês.

Em março, o setor público registrou um déficit primário de R$ 18,629 bilhões, abaixo do déficit de R$ 25,135 bilhões do mesmo período do ano passado, mas o segundo pior resultado para o mês da série. As despesas com juros aumentaram, somando R$ 43,546 bilhões, contra R$ 32,496 bilhões há um ano. A conta foi alavancada por gastos de R$ 12 bilhões do BC com os contratos de swap.

Com o swap, o Banco Central oferece proteção ao mercado contra variações cambiais. Se o câmbio se desvaloriza, como aconteceu em março, a autoridade monetária perde dinheiro.

Essas perdas alimentam a conta de juros e impactam assim, o resultado nominal do setor público, que em março foi deficitário em R$ 62,175 bilhões, frente a R$ 57,631 bilhões em março de 2018.

Quando o Banco Central remunera o mercado pelos contratos de swap, em reais, é obrigado a realizar em seguida operações compromissadas para enxugar a liquidez da economia. Essas operações, que consistem na venda de títulos do governo com o compromisso de recompra, também afetam a dívida pública. Em março, o BC também foi obrigado a fazer operações compromissadas para compensar a recompra de dólares do mercado, também no valor de R$ 12 bilhões.

Essas recompras selaram operações fechadas no final do ano passado, quando a autoridade monetária vendeu dólares em leilões de linha, com o compromisso de recomprar a moeda americana mais à frente. (...)

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