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Coronavírus: Justiça proíbe bancos de aumentarem juros

Instituições financeiras também ficam proibidas de elevar exigências para concessão de crédito
publicado 15/04/2020
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O juiz Renato Coelho Borelli, da Justiça Federal de Brasília, decidiu que os bancos não podem aumentar a taxa de juros durante a crise provocada pelo coronavírus.

O magistrado atendeu ação popular apresentada pelo presidente do PDT, Carlos Lupi.

De acordo com a decisão, as instituições financeiras nacionais também ficam proibidas de elevar as exigências para concessão de crédito.

A ação aponta que, em decorrência da pandemia do novo coronavirus, o Banco Central liberou o fluxo de caixa dos bancos, entre outras medidas. No entanto, de acordo com Lupi, as instituições bancárias estão retendo os recursos, e deixando de aplicar em medidas que poderiam amenizar o impacto econômico da crise.

O autor da ação, informa o Correio Braziliense, alega que esse tipo de ato gera desigualdade social. O pedido foi apresentado na Justiça contra a União e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Na decisão, o juiz determina que os bancos compensem a redução de impostos que tiveram por parte do governo com a concessão de novas linhas de crédito.

"Ante o exposto, defiro o pedido de tutela de urgência, para determinar que todas as instituições do Sistema Financeiro Nacional se abstenham de aumentar a taxa de juros ou intensificar as exigências para a concessão de crédito. Determino, também, que a parte ré adote medidas a fim de condicionar a concessão dos benefícios de liquidez, provenientes da redução do percentual dos recolhimentos compulsórios, à efetiva apresentação de novas linhas e carteiras de créditos a favor do mercado produtivo interno por parte dos bancos a serem beneficiados", diz um trecho do despacho.

Conteúdo
Liminar_AP_PDT_Bancos_102131926.2020.4.01.3400_217743944_20200415.pdf por Conversa Afiada — última modificação 15/04/2020 12h26