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Com inépcia de Bolsonaro, moradores de comunidades se unem contra coronavírus

"O sentimento é de abandono"
publicado 08/04/2020
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Os moradores de Paraisópolis, uma das maiores comunidades de São Paulo com 100 mil habitantes, se uniram no combate ao coronavírus.

Sem ajuda do governo federal, eles contratam uma equipe médica e ambulâncias que ficam 24 horas à disposição da população local.

Outra medida é a doação de cestas básicas para mais de 5 mil famílias da comunidade.

“A gente percebeu que o governo não iria lançar nenhum programa específico para as favelas, e nesse sentimento de abandono saiu a construção de um programa que é uma rede de solidariedade entre moradores de Paraisópolis", diz Gilson Rodrigues, presidente da União de Moradores, ao Conversa Afiada.

Em uma parceria da União de Moradores com a Associação das Mulheres de Paraisópolis e o G10 das Favelas (instituição que reúne líderes de 10 grandes favelas no Brasil), nasceu o “programa de socorro” à comunidade na Zona Sul de São Paulo.

Foram escolhidos 420 “presidentes de rua”, voluntários que são responsáveis por zelar por trechos de vias predefinidos, cada uma com cerca de 50 casas. Os "presidentes" têm a missão de monitorar se algum morador de sua região tem sintomas da Covid-19 ou se precisa de atendimento médico. Outra tarefa é a de identificar as famílias que estão com a renda reduzida ou mesmo sem renda e que estejam passando fome.

O presidente da União dos Moradores disse que pretende montar um espaço de quarentena em duas escolas públicas da região. Gilson quer que os espaços, que estão ociosos neste momento de recesso escolar, sejam usados para acolher pacientes com sintomas leves para o novo coronavírus. Ele diz estar em tratativas com o governo para isso.

Assista ao vídeo produzido pelos moradores: