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Bolsonaro envia uma banana à Previdência da Míriam

Reforma não cura nem dor de corno
publicado 17/10/2018
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Saiu no PiG cheiroso:

Bolsonaro diz não dar "cavalo de pau" na gestão econômica


Em declarações num tom abaixo das promessas eleitorais, o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) - cujo entorno já o considera com a "mão na taça" - afirmou ontem que não tem uma solução pronta para a economia e as expectativas de 13 milhões de desempregados do país. "Não tem resposta imediata. Não tem cavalo de pau", disse o deputado, em entrevista exibida à noite no SBT. Como sempre, Bolsonaro atribuiu a responsabilidade da política econômica ao seu principal assessor da área, o investidor Paulo Guedes, já confirmado como ministro da Fazenda, caso se eleja no dia 28. "Eu levo sugestões e ele que decide, afinal de contas é o homem que entende desse assunto", afirmou.

Bolsonaro disse defender uma reforma da Previdência diferente à proposta pelo presidente Michel Temer. "Vamos fazer a nossa reforma. Essa que está aí dificilmente vai ser aprovada. Não podemos adotar a velha prática de 'remendo novo em calça velha'. Não podemos penalizar, por exemplo, quem já tem direito adquirido. O próprio servidor público já sofreu duas reformas previdenciárias. Podemos mexer, sim, mas ninguém será penalizado", disse.

Capitão reformado do Exército, o candidato foi questionado se teria coragem de mexer no sistema de previdência dos militares. Respondeu que pode propor "alguma mudança", mas argumentou que os militares não tem "hora extra, fundo de garantia, direito a greve, repouso remunerado" e, por isso, não poderiam ser igualados a quem tem direitos trabalhistas diferentes.

Bolsonaro se disse contrário ao aumento de impostos. Negou que recriará uma contribuição sobre movimentação financeira aos moldes da CPMF e afirmou que o aumento na arrecadação não será feito com taxação sobre os mais ricos, como defende o adversário Fernando Haddad (PT). "No Brasil, você não pode falar em mais ricos. Está todo mundo sufocado. Se fizer como a França, no governo anterior, o capital foi para a Rússia. O capital vai fugir daqui. A carga tributária é enorme", disse.

O presidenciável afirmou não ser estatizante e que "vamos partir para a privatização", exceto das empresas estratégicas: "Não podemos permitir que nenhum país compre o Brasil e, sim, comprar, no Brasil". Bolsonaro disse ainda que pretende indicar ao Supremo Tribunal Federal alguém "com o perfil do juiz Sérgio Moro", responsável pelo julgamento das ações da Operação Lava-Jato, em Curitiba. (...)
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