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Datafolha: elite abandona Bolsonaro

Envergonhados, mais ricos já não admiram o capitão
publicado 29/04/2020
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Pesquisa Datafolha, divulgada nesta quarta-feira (29/IV), mostra que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) perdeu popularidade principalmente entre os que possuem renda familiar superior a cinco salários mínimos. No entanto, entre quem tem renda de até dois salários mínimos (aproximadamente 60% dos entrevistados), a taxa de ótimo ou bom subiu oito pontos no mesmo período.

O levantamento foi realizado em 27 de abril, com 1.503 brasileiros adultos que possuem telefone celular em todas as regiões e estados do país. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

De acordo com a pesquisa, algo parecido acontece por escolaridade —a reprovação a Bolsonaro cresceu 11 pontos entre os mais escolarizados nos últimos quatro meses, e a aprovação subiu 8 entre os que têm o nível fundamental.

"Mas se tem algo que historicamente marca os estratos carentes é sua volatilidade em função da dependência dos serviços públicos. E uma amostra do que pode acontecer caso a ajuda do governo não seja efetiva em outras esferas é o aumento recente da reprovação a Bolsonaro na política adotada contra o coronavírus", diz a pesquisa.

Queda no apoio ao isolamento

O instituto de pesquisa também detectou que o apoio ao isolamento social amplo para conter o coronavírus caiu.

Pela primeira vez desde o início da pandemia, há empate técnico entre os que defendem a volta ao trabalho dos que estão fora dos grupos de risco e os que apoiam a permanência deles no isolamento.

São considerados grupos de risco para a Covid-19 idosos e pessoas com comorbidades como cardiopatia, diabetes e doença renal.

A proporção de brasileiros que defendem que as pessoas fora dessa categoria deveriam sair para trabalhar passou de 37%, no início de abril, para 41% em 17 de abril e para 46% na pesquisa realizada nesta segunda-feira (27/IV).

Já os que apoiam o isolamento amplo, inclusive de quem está fora dos grupos de risco, passaram de 60% no início de abril para 56% no dia 17 e, agora, para 52%.