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Banco mais poderoso dos EUA: Brasil tem nova "década perdida"

A renda per capita agoniza
publicado 06/05/2019
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Há muito tempo o Goldman Sachs preenche os cargos mais importantes da administração da economia americana: secretários do Tesouro e dirigentes do Banco Central.

De Clinton a Trump.

Aqui, o Goldman rebaixou para cima a notória Maria Silvia, que co-presidiu o BNDES na jestão da Míriam e do presidente ladrão.

(Lamentavelmente, ela saiu do banco estatal sem explicar o sentido daquela frase enigmática que o Temer lhe dirigiu: "temos que fazer daquele jeito, viu?".)

Nos Estados Unidos, o Goldman foi acusado de fraude que ajudou a quebrar o sistema financeiro, na crise dos derivativos de 2008!

É claro que o democrata Obama tratou de perdoar todos os bancos faltosos...

O Goldman, portanto, tem todas as credenciais para anunciar que a vaca estará no brejo até 2021:

Brasil deve ter segunda década perdida em 40 anos, diz banco americano


O Brasil caminha para encerrar os anos 2010 com mais uma década perdida, a segunda nos últimos 40 anos, afirma o banco americano Goldman Sachs em relatório divulgado nesta sexta-feira (3). E, sem reformas, acrescenta, os próximos dez anos também poderão ser perdidos.

A instituição aponta que o PIB (Produto Interno Bruto) per capita brasileiro —isto é, a divisão de todos os bens e serviços produzidos no país pelo número de habitantes— já caiu 0,3% entre 2011 e 2018. Entre 1981 e 1990, o recuo havia sido de 0,5%.

"A economia estagnou até agora nesta década", escreveram Alberto Ramos, Paulo Mateus e Gabriel Fritsch.

Apesar de o indicador registrar avanços de 0,9% entre 1991 e 2000 e de 2,5% entre 2001 e 2010, o relatório diz que "é impressionante e desconfortável a realidade de que o crescimento da renda real per capita decepcionou durante as últimas quatro décadas".

Nesse período (1981-2020), o crescimento real do PIB per capita deve ficar, na média, perto de 0,8%, estima o banco. Nesse ritmo, levariam 87 anos (ou quatro gerações) para se dobrar a renda real per capita dos brasileiros.

E esses 40 anos de economia fraca podem se tornar 50, dizem.

"Na nossa avaliação, se o país não conseguir lidar com a crescente solvência fiscal de médio prazo e complementar isso com reformas estruturais de grande alcance para abrir a economia, aumentar o baixo estoque de capital físico e melhorar a produtividade, a próxima década também pode se tornar perdida. Nesse caso, o Brasil não perderia apenas mais uma década, mas abandonaria meio século", afirma o relatório.

O documento ressalta que a contração de 2015-2016 foi a mais profunda por dois anos consecutivos em mais de cem anos —incluindo 1930-1931, após o crash de 1929 nos Estados Unidos— e que o crescimento do PIB decepcionou nos últimos dois anos.

O Brasil cresceu 1,1% em 2018, mesmo desempenho registrado no ano anterior, segundo o IBGE. Em 2015 e 2016, houve retração de 3,5% e 3,3%, respectivamente.

A fraca recuperação brasileira sinaliza, de acordo com o banco americano, que há danos estruturais aos principais motores da economia do país.

Mas, enquanto a desaceleração da década de 1980 foi amplificada por fatores e choques externos, a década perdida dos anos 2010 reflete principalmente erros políticos e a falta de reformas, "porque o cenário externo manteve-se, no balanço, bastante favorável", diz o relatório.

Na próxima década, aponta o banco, o Brasil terá de crescer e investir. Isso, porém, enquanto o setor público precisa continuar, gradualmente, se desalavancando, e a população do país prosseguirá envelhecendo. "O perfil demográfico de envelhecimento irá agravar os desafios."

O Goldman Sachs projeta um avanço de 1,7% para o PIB do Brasil neste ano e de 2,8% em 2020.

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