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Bahia: Greve na Refinaria Landulpho Alves

Paralisação por tempo indeterminado é contra o desmonte da Petrobras
publicado 30/06/2017
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Refinaria Landulpho Alves - RLAM (Reprodução)

Via ASCOM:

RLAM - Greve por tempo indeterminado a partir do dia 30


A direção da Petrobrás decidiu de forma unilateral reduzir o efetivo mínimo dos trabalhadores na Refinaria Landulpho Alves (RLAM), violando a Cláusula 91ª do Acordo Coletivo de Trabalho 2015\2017 da categoria petroleira, colocando em grave risco a vida das pessoas e as instalações. Segundo o coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, “em razão dessa redução do efetivo mínimo na RLAM, já ocorreram três acidentes em menos de uma semana – nos dias 21\06, 23\06 e 27\06 – e em um deles um operador da Unidade 6 teve queimaduras de primeiro grau”.

Ainda segundo Deyvid Bacelar, a direção do Sindipetro Bahia realizou assembleias com todas as turmas e o pessoal administrativo da refinaria, entre os dias 13\06 e 16\06, e os trabalhadores aprovaram por unanimidade a greve geral por tempo indeterminado, a partir de sexta (30\06), contra a redução do efetivo mínimo na RLAM.

Como a Petrobrás vem executando essa política a nível nacional, na área do refino, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos filiados decidiram, após as assembleias com os trabalhadores, deflagrar a greve por tempo indeterminado em todas as refinarias do país, até que a direção da Petrobrás reveja a decisão que adotou, antes que ocorram mais acidentes, inclusive com vítimas fatais.

Mais uma vez, a categoria denunciará à sociedade o desmonte do Sistema Petrobrás, que agora atinge também as refinarias, através de uma política deliberada de sabotagem industrial que pode levar a um grande acidente ampliado, nas proporções de Vila Socó, em Cubatão, e de Bhopal, na Índia, que resultaram em centenas de mortos nos anos 80.

Desmonte faz da Petrobrás fábrica de acidentes
A atual gestão da Petrobrás age de forma deliberada para sucatear as refinarias e, assim, facilitar a privatização. Unilateralmente, a direção da empresa reestruturou o modelo operacional, fechando postos de trabalho, descumprindo o Acordo Coletivo de Trabalho, violando normas de segurança e expondo os trabalhadores e as comunidades vizinhas a sequências diárias de acidentes que evidenciam os riscos cada vez maiores de uma grande tragédia anunciada.

Por isso, nas refinarias a greve será por tempo indeterminado, com avaliações diárias, conforme definiu o Conselho Deliberativo da FUP, em reunião realizada na quinta (22\06). O movimento terá início à zero hora do dia 30, quando toda a categoria petroleira estará mobilizada na greve geral contra o desmonte dos direitos trabalhistas e do Sistema Petrobrás.
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