Economia

Você está aqui: Página Inicial / Economia / Alta da carne é maior do que se anuncia

Alta da carne é maior do que se anuncia

Brito: IBGE tem ido pouco ao supermercado
publicado 07/12/2019
Comments
Untitled-8.jpg

(Reprodução/Tijolaço)

Por Fernando Brito, do Tijolaço - O que você está vendo aí em cima não é anúncio, mas uma sugestão para que os jornais verifiquem o aumento dos preços com base no que eles próprios publicam, nos encartes de supermercados que entregam a seus leitores.

É fácil ver que o bicho é mais feio do que pintam as “autoridades”.

A ministra Teresa Cristina, que disse ontem que o preço da carne está começando a cair, certamente, anda indo pouco ao supermercado.

E acho que o pessoal do IBGE também, para registrar um aumento de 8% nos preços da carne bovina, no índice de inflação que divulgou ontem. Tenho certeza que, no índice de dezembro, o órgão vai captar algo mais próximo da realidade que mostro acima.

Num dos supermercados mais populares do Rio de Janeiro, o acém, corte dianteiro (mais popularmente chamado de “carne de segunda”, embora eu ache que para moer, é dos melhores), variou de R$ 11,98 para R$ 27,98 o quilo, ou 133,6%, do final de agosto para hoje.

Nas carnes ditas “nobres” ou aumento, embora grande, é menor, sobretudo nos cortes limpos e fatiados, onde o sobrepreço do processamento dá uma margem maior para “segurar” o valor do preço de etiqueta.

Mesmo assim, não está longe de 100%.

Como o povão não avalia índice inflacionário pelo que sai nos jornais, mas pelo que paga no supermercado, a inflação sensível é esta aí.

Gostou desse conteúdo? Saiba mais sobre a importância de fortalecer a luta pela liberdade de expressão e apoie o Conversa Afiada! Clique aqui e conheça!