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Dilma abraça o presente e o futuro. No Vale do Silício

Ela sabe que o futuro é a convergência digital. Os empresários americanos também
publicado 02/07/2015
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Da agenda da presidenta da Republica, nessa quarta-feira, 1o. de julho, em São Francisco, Califórnia:



10h30- Reunião com o Presidente Executivo do Google,
Erick Schmidt
Google Partnerplex, Sala Tricorder, 1600
Amphiteatre Parkway, Mountain View



12h30- Almoço em homenagem à Presidenta da República,
oferecido pela senhora Condoleezza Rice
Universidade de Stanford, Hoover Institution,
Sala Annemberg – Rice foi Secretaria de Estado no Governo George W. Bush


Erik contou à Presidenta que o Centro de Engenharia da Google, em Belo Horizonte, tem alguns dos melhores engenheiros de códigos do mundo !

(Bem que o Obama falou: Potência Mundial !)

De cada dez buscas feitas no Google, no mundo inteiro, pelo menos duas respostas são obtidas com códigos escritos pelos cem engenheiros que trabalham na Google do Brasil.

Cem !

Erick lembrou a Dilma que, no ano passado,  foram vendidos no Brasil 94 milhões de smartphones.

94 milhões !

A crise é profunda !

E 92% deles rodam com Android da Google !

Dilma disse a Erick que está empenhada em formar mais e mais engenheiros  de  algoritmos.

Ela sabe que isso é o futuro.

Sabe quantos brasileiros não tem acesso à internet ?, ela perguntou.

95 milhões !

Por isso o Brasil é um dos mercados que mais crescem no mundo !

Dilma e Erick falaram de convergência digital, o mesmo tema da conversa dela com o Murdoch, que vai murdochizar a Globo.

(Como se sabe o Erick já está em plena fase de googlar a Globo, essa potencia miunicipal que manda “reporteres” da GloboNews e do Globo importunar a Dilma e o Lula em Washington e em Paris.)

Dilma concordou: inovação em tecnologia tem a ver com isso, com mais e mais escritores de códigos, para jogar nas nuvens o acesso a dados e informação.

Dilma se encontrou também com Mark Zuckerberg, do Facebook, que ela já tinha encontrado no Panamá.

Mark elogiou o programa “Ciência sem Fronteiras” e, com números fulgurantes, ressaltou como o Brasil é importante para a expansão do Facebook.

Elogiou a preocupação da Dilma em democratizar a Educação e dar acesso à tecnologia: ”isso permite que as pessoas tenham a oportunidade de crescer, arrumar melhores empregos e mudar as próprias vidas”.

Depois, foi o almoço com Condoleeza Rice e George Schultz, ex-secretários de Estado.

Fernando Henrique não aparece na lista de convidados. Inexplicável ...

Lá estavam alguns dos mais importantes empresários, lideres de incubadoras e venture capitalists do Vale do Silício, os banqueiros que poem dinheiro em cima de boas ideias de tecnologia e biotecnologia, e apostam em jovens como Erick e Mark.

Dilma disse que vai dar banda larga a todos os brasileiros !

“O caminho é a convergência digital” !, ela disse.

Os olhinhos dos empresários devem ter brilhado: já imaginou o gigantesco mercado que isso abrirá ?

(Ver a Globo morrer … isso não tem preço ! - ela deve ter pensado com seus botões.)

Por insistência da plateia, ela falou de um tema que mexe com a sensibilidade dos americanos e especialmente os da Califórnia: energia renovável e bio-combustiveis, como o etanol (veja como Dilma e Obama afogaram a Bláblárina no rio Potomoca )

Da SRI, uma das maiores incubadoras de tecnologia do Vale do Silício, Dilma ouviu que a próxima geração de empreendedores da internet está ávida pelas oportunidades de negócios no Brasil.

As oportunidades que se abrem com os milhões de computadores e smartphones que ainda estão por ser comprados !

Ela acertou com Bill Jeffrey, CEO da SRI International, realizar um work-shop para estudar o futuro do Brasil, nesse campo.

Um futuro de inclusão social, através da inclusão digital !

É que a Dilma tem lado.

Não se esquece de quem a elegeu.

O pobre.

Que vai subir na vida, quando tiver mais Educação e informação (livre !), através da convergência digital.

A Casa Grande, o Moro e o PiG não estão nesse jogo.

São um obstáculo provisório, provinciano.

Que se inscreve na irrelevância.

De analfabetos digitais.

Que usam a menoridade intelectual e o primarismo tecnológico para tentar resistir ao progresso.

Progresso do pobre, agora munido de convergência digital !

É grave a crise !

Desses kameis, gasparis, ataulphos - e seus patrões !

Paulo Henrique Amorim

 


Em tempo: da entrevista da Presidenta, em San Francisco:

Além disso, estar aqui no Google, e nós tivemos, assim, uma conversa muito importante, não só por conta dessa experiência do carro automático, o carro inteiramente automático, mas, sobretudo, por várias outras informações e realizações que o Google pode fazer junto com o governo brasileiro e com a sociedade brasileira. Dou o exemplo que é esse, essa parceria que eles assinaram com o Sebrae no sentido de garantir que as pequenas empresas, as micro e pequenas empresas brasileiras, que montam hoje, se você somar junto com microempreendedor individual, monta a 10 milhões, quase 10 milhões de unidades empresariais. Eles, obviamente, quando têm acesso à internet, quando podem utilizar a internet, seja para organizar seus negócios, seja para poder vender, seja para mostrar seus produtos, enfim, é algo que muda o patamar de negócios, aumenta os lucros, aumenta a renda, aumenta toda a perspectiva futura.

Então, um, a questão das pequenas empresas. Dois, que eu acho importantíssima, é a questão da comunicação em áreas remotas. Nós, no Brasil, sempre estamos tentando equacionar o problema da comunicação, por exemplo, na Amazônia. E o sistema de balões que eles estão em vias de lançar, ele pode, de fato, trazer ao Brasil uma oportunidade para interconectar a Amazônia sem grandes custos, uma vez que os balões não exigem que embaixo você tenha um receptor sofisticado, basta um celular. Então, do balão você transmite para um celular. E nós sabemos o quanto a população brasileira gosta de celular.