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Petrobras: por que os valores das licitações mudam?

Condições de mercado, mudanças de escopo, ajustes de projeto justificam um aditivo.
publicado 11/02/2015
Comments

A propósito da entrevista de Sergio Gabrielli - “Dava para pegar o Paulo Roberto ?” - o Conversa Afiada recebeu o seguinte comentário de um amigo navegante:

Israel Just da Rocha Pita    

Discordo do ex presidente em dizer que não há como detectar e controlar a corrupção na Petrobras. Peço a ele que explique o por que das alterações constantes e em valores exorbitantes dos preços contratados nas licitações ?

Dá para se desconfiar, pois estes valores (ficam ?)  bem acima da inflação ocorrida no período, e a corrupção era bancada por estes aumentos estratosféricos nos aditivos.

A empresa podia até adiantar a propina mas seria grandemente compensada com os aditivos que eram constantes. A Abreu e Lima serve de exemplo.

O que faltou à Petrobras foi um sistema de acompanhamento e de fiscalização.

E se a diretoria atual não criar mecanismos de fiscalização, irão surgir outros corruptos e corruptores. Isto é matemática simples do: +, -, x, / e =.


E obteve a seguinte resposta ao comentário:


É uma visão simplória do processo. Os aditivos são estudados e justificados com análises das motivações e explicações sobre as mudanças: condições de mercado, mudanças de escopo, ajustes de projeto, mudanças de quantitativos, chuva, condições de terreno, atrasos regulamentários etc...

Os aditivos não são feitos sem justificativas.


Em tempo: o Conversa Afiada reproduz nota da Petrobras:


Recorde de operações com gás natural liquefeito garante suprimento para térmicas



Terminais tiveram papel fundamental na ampliação da oferta de gás natural ao mercado

A Petrobras consolidou, em 2014, a sua posição de destaque no mercado global de gás natural liquefeito (GNL). A comercialização de um total de 115 cargas do combustível em navios metaneiros (específicos para o transporte do GNL), ao longo do ano passado, foi recorde na companhia em operações deste tipo, o que representou um volume médio regaseificado de aproximadamente 20 milhões de m³/dia, a partir dos três terminais de regaseificação operados pela Transpetro nos estados do Rio de Janeiro, Ceará e Bahia.

Das 115 cargas comercializadas junto a 29 empresas fornecedoras, 100 foram importadas no mercado brasileiro e as outras 15 foram revendidas no mercado internacional, tendo como principais destinos Argentina, Coreia do Sul e países europeus. As principais origens do GNL importado ao longo de 2014 foram Nigéria, Trinidad & Tobago, Catar, Angola, Guiné Equatorial, Noruega, Espanha e Portugal.
A intensificação das operações de GNL no país tem como âncora a forte demanda por parte das usinas termelétricas. Além de garantir o suprimento necessário ao parque gerador do país, a importação de gás natural liquefeito possibilita maior flexibilidade na oferta do combustível. Este é um dos pilares da estratégia de atuação da Petrobras nesse mercado, ao lado da garantia de confiabilidade no pleno atendimento dos compromissos contratuais à luz das necessidades do mercado brasileiro.

A Petrobras conta atualmente com uma capacidade total de regaseificação de 41 milhões de m³/dia, sendo 20 milhões de m³/dia pelo Terminal da Baía de Guanabara (RJ), 14 milhões de m³/dia no Terminal da Bahia (BA) e 7 milhões no Terminal de Pecém (CE). A oferta de GNL é superior aos cerca de 32 milhões de m³/dia de gás importado da Bolívia e fica atrás, apenas, da produção nacional total – que gira em torno de 45 milhões de m³/dia.