Economia

Você está aqui: Página Inicial / Economia / 2014 / 12 / 17 / Brasil esteve na vanguarda da abertura de Cuba

Brasil esteve na vanguarda da abertura de Cuba

Como se sabe, foi um golaço construir o porto de Mariel, com financiamento do BNDES
publicado 17/12/2014
Comments

 

 

 

O Aécio Never vai pedir a recontagem dos votos que elegeram o Obama.

E o Raúl Castro !

Vai ser obrigado a visitar o porto de Mariel, na companhia do Principe da Privataria, para contemplar a Flórida ...

Porque com Lula e Dilma o Brasil esteve na ofensiva - diplomatica e comercial - para incorporar Cuba ao sistema inter-americano.


No Opera Mundi:

Com Mariel, Brasil quis estar na vanguarda da abertura em Cuba, diz ex-secretário de Comércio Exterior


Para secretário do MDIC entre 2007 e 2011, porto de Mariel foi principal exemplo de estratégia brasileira para aproveitar momento de abertura econômcia na ilha

 

Durante os dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), o governo brasileiro desenvolveu uma série de estratégias na América Central para se aproveitar do momento em que a ilha caribenha abrisse a sua economia. O principal exemplo desse tipo de ação foi a construção do porto de Mariel, relata a Opera Mundi Welber Barral, secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento entre 2007 e 2011.

Mariel é o porto caribenho mais próximo da Flórida, a apenas 200 km de solo norte-americano


“O Brasil queria estar na frente e ter importante posição de vanguarda na hora que começasse uma abertura maior da economia cubana. A reaproximação dos EUA é mais um passo nesse sentido, mas deve se dar de forma paulatina”, explica Barral, que também é conselheiro da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e professor no Instituto Rio Branco.


Mariel é o porto caribenho mais próximo da Flórida, a apenas 200 quilômetros de solo norte-americano. A posição logística privilegiada não foi alvo apenas de investimentos brasileiros (o BNDES destinou uma verba de mais de US$ 800 milhões para financiamento), mas também de chineses e de outros países asiáticos. Embora a Odebrecht seja a responsável pela construção, o porto é operado pela empresa PSA International, de Cingapura.


“Por volta de 2008 foram feitas várias avaliações, inclusive pelo Itamaraty, sobre uma paulatina abertura cubana”, recorda Barral. “A adesão norte-americana não esperávamos tão cedo, mas havia, sim, uma expectativa do Brasil de participar da economia cubana naquele momento”, acrescenta.


O projeto de Mariel é a obra-prima do plano de modernização econômica de Raúl Castro desde que este assumiu a liderança do país, em 2008. Trata-se de uma proposta para melhorar a eficiência e a produtividade da pequena ilha a partir de incentivos e de projetos de infraestrutura para gerar empregos e abrir o mercado para investidores estrangeiros.


De acordo com o ex-secretário de Comércio Exterior, houve vários outros projetos brasileiros na ilha liderada pelos irmãos Castro. Além do polêmico porto de Mariel, outras iniciativas e investimentos de infraestrutura, vinculados à cana de açúcar, por exemplo, também foram estudados e estão em andamento em Cuba.


“A crítica ao porto de Mariel é equivocada. O fato de não renovarmos nossos portos em termos de financiamento não tem nada a ver com o porto de Cuba, não é por falta de dinheiro, mas é uma estratégia de exportação brasileira”, ressalta Barral. “O Brasil não financiou só Cuba, temos outros projetos na República Dominicana, hidrelétrica na Nicarágua, ajuda ao Haiti, sem falar na África”, compara.





Em tempo: não deixe de ler no UOL, de Patricia Campos Mello, artigo sobre o golaço que o Brasil marcou: construir Mariel.




Leia mais:



CUBA E EUA REATAM RELAÇÕES DIPLOMÁTICAS