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FHC do fim ao início: barriga de aluguel

O compromisso é com a Direita. O PSDB era o instrumento.
publicado 12/09/2014
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O Farol de Alexandria, que iluminava a Antiguidade e foi destruído num terremoto chamado "Lula", realizou o que Dudu planejava.

Sair da Esquerda para vender a credencial de esquerdista à Direita.

Ex-marxista, ex-social- democrata, FHC ofereceu-se ao FMI e aos bancos com um programa de "privatização forte" para se eleger Presidente, depois de se apropriar do Plano Real do Presidente Itamar.

A "privatização forte" que prometeu a Michel Camdessus (FMI) e a Bill Rhodes (Citibank, líder dos bancos credores) previa:

- doar a telefonia;

- os bancos públicos,

- sistema ferroviário;

- e a joia da coroa, a Petrobras (depois de rasgada a Constituição, ele advertia os interlocutores).

Mais tarde, com a valiosa colaboração do outro banqueiro da Bláblá, o André Lara Resende, FHC tentou persuadir " jornalistas de Economia" das sacrossantas virtudes da privatização da Previdência, como André tinha acabado de ver no Chile pinocheteano.

FHC entregou a mercadoria aos que o contrataram.

Privatarizou o Brasil.

É o que a BláBlárina promete agora, no pré-sal e no Banco Central.

Sair da Esquerda para servir à Direita com a suposta chancela de ex.

Servir ao Itaúúú, a quem o conferencista Fernando Henrique já serviu como guest-speaker.

E exibir- se nos anfiteatros do Hemisfério Norte como o esquerdista arrependido, que ouviu a voz de Deus na Estrada de Damasco, quer dizer, na apertada rua Wall.

Vale muito um ex-comunista.

O Aloysio 300 mil que o diga.

As colonas pigais - globais - estão cheias deles.

FHC agora proclama o fim do tucanismo, com o sacrifício do Arrocho na fogueira medieval da Bláblá.

E a coerência ?

Danem-se os escrúpulos !

Qualquer um(a) serve.

Desde que se abata quem o destruiu: um nordestino sem dedo, que não fala inglês.

Agora, amigo  navegante, compare o comportamento traiçoeiro do Farol com o do Padim Pade Cerra.

Cerra trai Arrocho desde 2010, quando Arrocho traiu Cerra.

Mas, a não ser Walter Feldman, outro que começou a carreira no PCdoB, ninguém sabe da conspiração de Cerra com Bláblá para detonar o mineirinho.

(Os tucanos de São Paulo preferem a chama do Inferno a entregar o poder a Minas.)

FHC, menos esperto que o Cerra, já se expôs: é o Silvério dos Reis de Vila Rica.

Está em todas as pigais (*) colonas (**).

FHC fundou o PSDB porque o Quércia trancou o cofre do PMDB de São Paulo.

Foi preciso chamar o Serjão para comprar outro, novinho, avermelhado por fora e azul-tucano por dentro.

Como diz o Delfim - ele nega -, o PSDB acabou quando o Serjão morreu e levou o log-in.

Foi a primeira morte.

A segunda é agora: com a punhalada nas costas do Aécio.

Bem que o Vovô Tancredo dizia ao sobrinho (cuja identidade se protege, por um tempo), para se referir àquele pupilo do Ulysses, o sociólogo de São Paulo: não se pode confiar nesse rapaz.

O neto confiou.

A Direita também.

A Direita confia ilimitadamente naquele sociólogo de São Paulo.

Ele entrega a mercadoria.

É uma infalível barriga de aluguel.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.