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Eduardo Cunha ? Leia-se FHC !

Dantas está nas duas pontas: telefonia e portos. Logo, FHC também.
publicado 18/03/2014
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Janio de Freitas observou com a propriedade de sempre que a rebelião de Eduardo Cunha e a construção do seu heróico e edificante blocão não passam de uma expressão dos interesses das empresas telefônicas contra o Marco Civil da Internet.

O ansioso blogueiro se permite retomar a trilha.

Onde se lê Eduardo Cunha leia-se o Príncipe da Privataria.

Quais foram os dois momentos sublimes da apostasia desinteressada de Eduardo Cunha, esse notável – o derradeiro - discípulo de P. C. Farias ?

Primeiro, a MP dos Portos, que o Garotinho, da tribuna da Câmara, chamou de MP dos Porcos, ou MP do Tio Patinhas.

Agora, a coincidência dos interesses das telefônicas com o chamado “ante-projeto” de Eduardo Cunha para o Marco Civil.

Sobre a Privataria da Telefonia, cabe lembrar a frase inesquecível de Luiz Carlos Bresser Pereira: só um burro privatiza os telefones.

Pois, o “burro” do Fernando Henrique privatizou não apenas os telefones, como vendeu ao mexicano Slim o satélite por onde passa a comunicação da Defesa do Brasil !

(E ainda está solto !)

A privataria dos telefones foi, além de privataria, uma entrega do interesse nacional a interesses privados - estrangeiros.

Sem que o Estado brasileiro detenha um fiapo de poder de intervenção.

Está aí, agora, essa situação em que, para defender os interesses de milhões de brasileiros que acessam a internet é preciso se submeter aos desinteressados propósitos de Eduardo Cunha, contidos na pauta altruística das telefônicas.

E os portos ?

Os portos, bem os portos, esses o Príncipe entregou na bacia das almas.

E deu ao “brilhante” Daniel Dantas – não deixe de ler a entrevista do destemido Dr Fausto De Sanctis, que  prendeu Dantas duas vezes e o condenou a dez anos de cadeia - uma fatia gorda de um portozinho minúsculo, de tamanho imperceptível, chamado “porto de Santos”.

A doação tem o nome de “Santos Brasil”!

Só faltava essa: “Brasil !”.

Como se vê, Daniel Dantas está nas duas pontas da insurreição de Cunha.

Nos telefones e nos portos.

E se Dantas está, também está seu patrono, Fernando Henrique.

Portanto, onde se lê Eduardo Cunha leia-se FHC.

Também FHC quer desestabilizar o Governo Dilma.

Em tempo: dos privateiros da América Latina, Salinas de Gortari está foragido num bunker na cidade do México – foi ele quem entregou o México inteiro ao Slim; Menem se elegeu senador para não ir em cana; Fujimori está em cana; e Llosada, da Bolívia, fugiu para o aeroporto aos gritos de “pega ladrão” e vive feliz em Miami.

FHC talvez seja candidato a vice-presidente na chapa do Aécio Never.

Viva o Brasil !


Paulo Henrique Amorim