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Data Popular: Classe é "C" de cheirosa !

Em um mês, 21% das mulheres da classe média foram mais de duas vezes ao salão de beleza.
publicado 06/06/2013
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O Conversa Afiada publica estudo divulgado pelo Data Popular:


Gastos com beleza crescem influenciados pelo ingresso de mais mulheres no mercado de trabalho



A mudança social que tem sido verificada no Brasil a partir do aumento do ingresso de mulheres no mercado de trabalho formal está impactando também para o crescimento do segmento de beleza. Em números, enquanto a expansão da população feminina de 1992 para 2012 foi de 35%, a variação do número de mulheres com carteira assinada atingiu a marca positiva de 157%. Pelo lado dos gastos com cosméticos, produtos de higiene pessoal e serviços de beleza (cabeleireiros, manicures, esteticistas) as famílias brasileiras registraram R$ 26,5 bilhões dez anos atrás, e devem destinar R$ 59,3 bilhões esse ano.

Gastos com higiene e beleza:
2003 – R$ 26,5 bilhões
2013 – R$ 59,3 bilhões
Crescimento de 124%

Quase a metade do total previsto para 2013 deve ser desembolsada pela classe média. A classe alta responderá por cerca de um terço e a classe baixa por menos de dois quintos.

Distribuição por classe socioeconômica dos gastos:
Classe Alta: 34,2%
Classe Média: 47,4%
Classe Baixa: 18,4%


Visitas ao salão de beleza - A forte presença feminina executando funções de atendimento ao público em geral, segundo Renato Meirelles, sócio e diretor do Instituto Data Popular, pode ser apontada como uma das razões para a ampliação de salões de beleza por todo o país. Pesquisa quantitativa realizada no primeiro trimestre desse ano, com 1.300 brasileiras de 44 cidades de todas as regiões evidencia a frequência delas nesses estabelecimentos.

Mulheres que foram ao salão de beleza nos últimos 30 dias:
Classe Alta: 78%
Classe Média: 56%
Classe Baixa: 43%
Apesar de oito em cada dez mulheres da classe alta ter ido ao cabeleireiro, manicure e pedicure, nos últimos trinta dias, do total de frequentadoras, esse público representa menos de dois quintos do total. A classe baixa, por outro lado, tem baixa proporção de visitas ao salão de beleza, mas responde por quase um terço das frequentadoras.
Distribuição por classe socioeconômica entre o total de frequentadoras:
Classe Alta: 17%
Classe Média: 53%
Classe Baixa: 31%



Em um mês, 21% das mulheres da classe média foram mais de duas vezes ao salão de beleza. Entre o público feminino da classe alta o percentual com essa frequência é de 38%. Mesmo entre as mulheres de classe baixa, 11% estiveram em um salão de beleza a partir de três vezes no mês.

Outros dados que podem surpreender são as médias de frequência entre as mulheres que foram ao salão de beleza. Na distribuição por classe socioeconômica as diferenças não são muito elevadas.

Média da frequência entre as mulheres que foram ao salão de beleza:
Classe Alta: 2,69 vezes no mês
Classe Média: 2,54 vezes no mês
Classe Baixa: 1,99 vez no mês

“Embora não sejam as únicas responsáveis pelos gastos com produtos e serviços de beleza e cuidados pessoais, as mulheres determinam grande parte do destino do dinheiro nessa categoria. Até o final deste ano, os brasileiros devem gastar R$ 59,3 bilhões com este segmento. Um mercado nada desprezível para a indústria”, explica Renato Meirelles, sócio diretor do Data Popular.

“Nossas pesquisas demonstram que o aumento de mulheres no mercado de trabalho influenciou diretamente no crescimento do consumo de produtos e serviços de beleza. No período de vinte anos, o número de mulheres com carteira assinada chegou a 157%. Enquanto ela trabalhava apenas em casa não havia esta grande preocupação com a aparência, mas mudando de cenário, a tendência é se adequar às exigências do local para ser aceita e incluída naquele ambiente”, acrescenta Meirelles.