Contas públicas. Se o Delfim falou …
Saiu no Valor, o PiG (*) cheiroso, artigo de Delfim Netto sobre as perspectivas para 2013, onde enfatiza ser mais do nunca “necessária … uma relação de absoluta confiança entre o Governo e o setor privado”:
2013
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Não tem nada errado com as políticas fiscal, monetária e cambial e muito menos com os objetivos explícitos do governo, de reduzir a taxa de juro real, os custos dos insumos básicos, estimular a competição e "desaparelhar" as agências de regulação.
É pena, portanto, que o governo perca credibilidade em troca de nada, como, por exemplo, estimular a contabilidade "criativa", pois um superávit primário de 2% do PIB faz todo o serviço de que precisamos. A recente "quadrangulação" para cumprir o superávit primário foi uma deplorável operação de alquimia. A repetição desses "truques contábeis" está construindo uma relação incestuosa entre o Tesouro Nacional, a Petrobras, o BNDES, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.
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Se o Delfim falou, o Conversa Afiada submete a uma severa reavaliação o que, antes, disse a partir de uma entrevista do Ministro Mantega e de um artigo do Belluzzo e do Júlio Cesar.
Delfim presta um inestimável serviço, hoje, ao trabalho de desmistificar os neolibelês (**), que ele chama de “econofísicos”.
O Conversa Afiada se acostumou a respeitar as ideias de Delfim sobre a economia brasileira – e a Astronomia, matéria que domina também.
Clique aqui para ler “Apoio de Eduardo Campos a Dilma tem data de vencimento”.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.