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Inflação: Dilma derrota Urubologia

Extraído do twitter da senadora Gleisi Hoffmann: Bela entrevista do secretario de Política Econômica do Min Fazenda.
publicado 05/06/2011
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Extraído do twitter da senadora Gleisi Hoffmann:

Bela entrevista do secretario de Política Econômica do Min Fazenda: "Macroprudenciais deram certo", diz Holland

Confira a entrevista de Márcio Holland ao Valor:

"Macroprudenciais deram certo", diz Holland


Conjuntura: Secretário de Política Econômica vê economia desaquecendo e melhora nas expectativas de inflação


Todo o esforço das autoridades econômicas deu e está dando certo. A avaliação é do Secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Márcio Holland, para quem a composição do Produto Interno Bruto (PIB) nos primeiros três meses do ano e a subsequente desaceleração esperada na atividade, ao longo do ano, no sentido de desanuviar a inflação, foram induzidas pela política econômica. O objetivo de "produzir um crescimento onde o ritmo do consumo se acomode em patamares menores e os investimentos sejam estimulados a ponto de crescer entre 2,5 e 3 vezes o PIB", foi alcançado no primeiro trimestre, mas demandará mais esforços.


"Não vamos estrangular o consumo de massa no país, isso não faz o menor sentido. O que buscamos é um crescimento mais influenciado pelos investimentos", diz Holland. Para o economista, que é pós-doutor pela Universidade da Califórnia (EUA) e assumiu o cargo em janeiro, o "alarmismo" do mercado quanto à inflação já se dissipa, o que demonstra que as medidas macroprudenciais praticadas pelo Banco Central (BC) desde dezembro surtiram efeito.


São as taxas de juros definidas pelo BC, no entanto, o que mais preocupam o secretário. Entusiasta dos investimentos que foram anunciados pela Foxconn, que pretende produzir tablets no Brasil, Holland avalia que as taxas de juros elevadas podem comprometer os objetivos do governo de sustentar o acelerado ritmo dos investimentos. "O BC elevou as taxas de juros em 1,25 ponto percentual neste ano. Só este aperto, em seis meses, representa toda a taxa de juros praticada nos países da OCDE", afirma Holland, em referência à organização que representa as economias mais desenvolvidas do mundo. Abaixo, os principais trechos da entrevista.


Valor: O crescimento do primeiro trimestre, com investimentos fortes e consumo das famílias em ritmo suave, agradou o governo?


Márcio Holland: O esforço da equipe econômica foi todo neste sentido, de gerar um crescimento econômico sustentável, que é aquele puxado pelos investimentos e que não gera pressão inflacionária. O que está na mente das autoridades econômicas, isto é, do Ministério da Fazenda, do Planejamento e do Banco Central é produzir um crescimento onde o ritmo do consumo se acomode em patamares menores e os investimentos sejam estimulados a ponto de crescerem entre 2,5 e 3 vezes o PIB.


Valor: É possível manter esse ritmo de acomodação do consumo?


Holland: Sem dúvida. Mas é importante perceber que a perda no consumo é relativa, uma vez que ele continuou crescendo, apenas registrou uma variação menor que o conjunto da economia. Não vamos estrangular o consumo de massa no país, isso não faz o menor sentido. O consumo é extremamente importante para a economia brasileira, que depende muito do mercado doméstico. Aliás, com a crise global e o crescimento fraco em quase todo o mundo, ele fica ainda mais importante. O que buscamos é um crescimento mais influenciado pelos investimentos. Queremos um equilíbrio na atividade, para que ela não cresça apenas via consumo.


Valor: Mas com o aperto impulsionado pelo governo - juros, corte de gastos e medidas macroprudenciais -, além do próprio arrefecimento do consumo, é possível ter o investimento crescendo forte ao longo do ano?


Holland: O esforço do governo, hoje, está justamente aí. Queremos e precisamos aumentar a taxa de investimento na economia, especialmente na infraestrutura, que produz um efeito em cadeia poderoso na atividade. O PAC 2 é muito importante nesse sentido, ao melhorar as condições dos portos, o que, condicionado aos esforços recentes na questão dos aeroportos, melhorará muito a mobilidade urbana. Além disso, há um enorme esforço para ampliar, nas empresas, os gastos com inovação tecnológica. O caso da Foxconn está sendo uma espécie de modelo do que queremos fazer em todos os setores. Ou seja, não queremos as empresas apenas juntando peças e montando produtos. Queremos que o Brasil seja capaz de produzir tablets, smartphones etc. Precisamos estimular fortemente a rede doméstica de software. Os incentivos que oferecemos vão todos nessas duas direções: a de não deixar que o investimento forte do primeiro trimestre se esgote, e a de dar cada vez mais qualidade ao investimento produtivo no país.


(...)

Navalha

"Macro-prudencialismo", teu nome é "chega de neoliberalismo".

A política econômica pós-Henrique Meirelles, ex presidente do BankBoston e do Banco Central, decepcionou os urubólogos em geral, especialmente os mais devotados neoliberais, ou seja, aqueles que pensam e escrevem como economistas de bancos.

Passou a fase em que se curava dor de cotovelo e azia com aumento de juro.

A macro-prudência é a dosagem certa de aumento de juro com ajuste fiscal, sem tirar o leite das crianças nem o trabalhador do emprego.

Talvez porque, pela primeira vez em muitos anos, nenhum diretor do Banco Central viesse ou vá para a banca privada.

Boa parte dos diretores do Banco Central do Meirelles ilustra o PiG (*) com artigos rasos , de agressividade inversamente proporcional à originalidade.

Dizem todos a mesma coisa: sempre contra o Nunca Dantes a que juraram servir com lealdade.

Por que será que a urubóloga não tem previsto a catástrofe (no Brasil) ?

 




Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.