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Fígaro e Neschling dão uma 2ª surra no Serra

Fui assistir ao Barbeiro de Sevilha, primeira produção da Cia. Brasileira de Ópera.
publicado 05/11/2010
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Fui assistir ao Barbeiro de Sevilha, primeira produção da Cia. Brasileira de Ópera, de John Neschling e José Roberto Walker.

Brilhante !

Uma orquestra irretocável.

Vozes corretíssimas.

E a solução genial da animação de Joshua Held, que dispensa o cenário, barateia a produção, e enriquece a trama: os personagens interagem com o telão e a plateia se diverte.

Uma montagem de primeira, digna do genial Rossini, o mestre da ópera bufa.

Tudo isso o Neschling fez em dois anos, com o apoio de Juca Ferreira, o Ministro da Cultura, que merece ficar.

Assisti ao espetáculo dois dias depois da fragorosa derrota do Serra: 56% a 44%.

E o Fígaro foi como uma segunda derrota do Serra.

Como se sabe, Serra demitiu Neschling (ou mandou Fernando Henrique demitir) por causa de um mictório.

Clique aqui para ler sobre o mictório que levou o Serra a trocar o Neschling por um regente francês que ninguém (na França) conhece.

Sobre a OSESP do francês o Figaro do Neschling, vale a pena ir ao site Semibreves, do Neschling.

O Teatro Alpha lotado.

A plateia a rir, encantada.

A orquestra afiada, efervescente como as aberturas de Rossini.

As vozes.

Fígaro (Federico Sanguinetti), Rosina (Luisa Francesconi) e Pepes do Valle (Bartolo) se destacam.

A animação.

Os figurinos.

Uma festa.

Parecia a celebração da derrota do Serra.

E o Fígaro a debochar deste Bartolo neo-carola, de província.


Paulo Henrique Amorim