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Wálter Maierovitch: "não entendo o que falta para a Câmara iniciar o impeachment"

Já existem "provas provadas"
publicado 19/05/2020
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Para o jurista Wálter Maierovitch, existem "provas provadas" de crimes de responsabilidade cometidos por Jair Bolsonaro. Ele afirmou, em entrevista ao UOL nesta terça-feira 19/V, que há "indícios e indicativos com força de prova" que poderiam já ter embasado processos de impeachment, tanto pela Procuradoria-Geral da República (PGR) quanto pelo Congresso Nacional.

"O que eu não entendo e pergunto para minha caneta de estimação: o que se está esperando no Parlamento para se começar um impeachment? Todos falam que o [procurador-geral, Augusto] Aras vai prevaricar, mas ninguém fala do parlamento? Está esperando o quê?", questionou o jurista.

Segundo o jurista, os fatos que sucederam a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça denotam que o ex-juiz apontou ação direta de Bolsonaro de utilizar a Polícia Federal para defender sua própria família. "Não só ficou claro, mas usaria uma expressão que se usa muito em direito: o que existe, agora, é prova provada. Qual é a prova provada? Até o próprio Bolsonaro, que tem a cabeça um pouco desmobiliada, leva ele a fazer prova contra si próprio", disse.

"Ele [Bolsonaro] disse que o interesse no Rio de Janeiro era na segurança pessoal. Tem o decreto que segurança pessoal é assunto do GSI [Gabinete de Segurança Institucional]. Moro e o Maurício Valeixo [ex-diretor da PF] saem e se coloca alguém da relação dele [Bolsonaro]. O primeiro ato do novo diretor da PF foi mudar a superintendência no Rio de Janeiro. Para mudar lá, não havia justa causa", explicou.