Brasil

Você está aqui: Página Inicial / Brasil / STJ vai abrir a caixa preta do SENAC-Rio

STJ vai abrir a caixa preta do SENAC-Rio

Aproveita que é quinta-feira, Ataulpho...
publicado 01/02/2018
Comments
MervalGilmar.jpg

Ataulpho, diz que você vai devolver!

Da Carta Capital, por Sergio Lirio:

A batalha de 1 bilhão de reais


Daqui a uma semana, na terça-feira 6, o Superior Tribunal de Justiça irá mais uma vez se debruçar sobre uma disputa bilionária que se arrasta há quase uma década, envolve a administração de fundos parafiscais, resvala nas investigações da Operação Lava Jato e registra lances de traição, baixarias, manipulações e falsas denúncias. Uma das turmas do STJ decidirá se mantém ou não afastado o presidente da Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro, Orlando Diniz, do comando fluminense do Sesc e Senac. (...)

(...) No Rio de Janeiro, o orçamento do Sesc e do Senac beira o 1 bilhão de reais 

(...) Em 2014, a federação fluminense se opôs a mais uma reeleição de Santos. “Foi uma forma de protesto contra uma gestão arbitrária e ultrapassada”, declara Diniz. Coincidência ou não, naquele ano o presidente da Fecomércio do Rio seria afastado pela primeira vez por supostas irregularidades. Apesar de uma intervenção que durou mais de um ano, os indícios contra Diniz foram considerados frágeis pela Justiça e o dirigente acabou reconduzido ao cargo.

De volta ao comando, o empresário resolveu fazer uma devassa da devassa. Uma auditoria contratada por sua gestão apontou 150 milhões de reais em irregularidades cometidos pelos interventores, principalmente em contratações de fornecedores sem tomada de preço. Só no Sesc, as compras realizadas pelos responsáveis pela intervenção pularam de 45 milhões para quase 350 milhões. (...)

Em tempo: de acordo com o Intercept, em post reproduzido no Conversa Afiada, a Fecomércio pagou R$ 2,979 milhões por palestras de jornalistas, comentaristas e analistas da​ Globo​ Overseas.

Tudo isso apesar da grave crise pela qual passa o Sistema S no Rio de Janeiro: funcionários denunciam o desmanche de unidades, cancelamento de atividades e demissões em massa.

Quem mais recebeu ​foi ​o Ataulpho Merval: R$ 375 mil. O Intercept afirma que as palestras foram contratadas sem licitação.

O C Af faz o apelo: Ataulpho, aproveita que hoje é quinta-feira e devolve os 375 mil!