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STF dá 15 dias para Bolsonaro explicar mentira sobre Dilma

Crime de calúnia?
publicado 05/08/2019
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(Arte: deputado federal Rogério Correia, do PT-MG)

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), estabeleceu um prazo de 15 dias para o Presidente (sic) Jair Bolsonaro explicar declaração em que sugere que a ex-Presidenta Dilma Rousseff teria participado de ações que resultaram na morte do capitão do Exército americano Charles Chandler, durante a Ditadura Militar.

Bolsonaro, porém, não é obrigado a responder a Weber neste caso.

Ao Supremo, Dilma pede que Bolsonaro esclareça os seguintes pontos:

- se é a ela que Bolsonaro se refere quando diz que "quem até há pouco ocupava o governo teve em sua história suas mãos manchadas de sangue na luta armada, matando inclusive um capitão, como eu";

- se ele afirmou que Dilma teria matado Charles Chandler;

- se Bolsonaro sabe quem são os responsáveis, segundo as autoridades policiais, pela morte do capitão;

- e se o Presidente (sic) tem algum documento que indique qualquer acusação formal contra Dilma neste caso.

Dilma acionou o STF sob a alegação de que Bolsonaro pode ter cometido o crime de calúnia.

Vale lembrar que, no dia 1º/VIII, outro ministro do STF, Luís Roberto Barroso, também deu um prazo de 15 dias para Bolsonaro prestar esclarecimentos sobre a morte de Fernando Augusto de Santa Cruz, pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz.

Como se sabe, Bolsonaro apresentou uma versão sobre a morte de Santa Cruz que não encontra qualquer respaldo em documentos ou informações oficiais.

Até mesmo a Aeronáutica, em seu relatório secreto RPB 655, atesta que Santa Cruz foi preso pelo regime militar em 22 de fevereiro de 1974, no Rio de Janeiro.

Esse documento, que foi anexado ao relatório da Comissão Nacional da Verdade (CNV), comprova que Santa Cruz foi assassinado quando estava sob custódia do Estado.

Em depoimento à CNV, Cláudio Guerra, ex-delegado, confirma que o corpo de Santa Cruz foi incinerado na Usina Cambahyba, em Campos.

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