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Skaf roubou dinheiro para agência de publicidade

Onde está o seu exército de patos?
publicado 09/11/2017
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Quem pagou o pato? (Reprodução)

Do Globo Overseas:

O marqueteiro Renato Pereira contou em seu acordo de colaboração premiada que o presidente da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, fraudou a licitação de publicidade do Sesi e Senai para beneficiar a Prole, sua agência de publicidade, em 2015. Segundo ele, depois de um encontro institucional no Rio, o dirigente recebeu “um papel dobrado contendo o conceito-chave da proposta da Prole”, como forma de permitir sua atuação a favor da empresa. Mantida com recursos públicos e contribuições empresariais, as entidades orientavam a Prole a produzir peças que exaltassem Skaf e mantivessem vivas suas expectativas eleitorais para 2018, segundo o delator. O acordo de Pereira está em fase de homologação no STF.

A Fiesp contrata para cuidar da sua publicidade a agência vencedora da licitação de Sesi e Senai, e não divulga os valores pagos à Prole. Pereira foi responsável pela campanha “Chega de pagar o pato”, símbolo do impeachment de Dilma Rousseff, em 2016.

O primeiro contato do marqueteiro com a Fiesp ocorreu em 2013, quando Skaf cogitou contratá-lo para cuidar de sua campanha ao governo paulista, em 2014. Mesmo depois de realizar reuniões e reduzir de R$ 25 milhões para R$ 17 milhões um possível orçamento de Pereira, Skaf preferiu seguir com Duda Mendonça.

O delator afirma ter recebido novo contato de Skaf em fevereiro de 2015, ocasião em que ele teria se queixado dos serviços prestados por Mendonça e o convidado para cuidar da publicidade das entidades sob sua influência. De acordo com o relato, dias depois Pereira marcou um almoço de Skaf com o então prefeito Eduardo Paes (PDMB), no Rio. Em um intervalo do compromisso, na sala de espera do Palácio da Cidade, o delator afirma ter entregado ao dirigente da Fiesp um papel com a dica que permitiria identificar a proposta da Prole na disputa.

Segundo o delator, cuidar da publicidade dos órgão do Sistema S era uma parte do serviço. Reuniões discutiam “cenários políticos nacional e estadual, visando promover a figura de Skaf para futura candidatura ao governo, em 2018”, diz.

Pereira relatou a encomenda de pesquisas de avaliação de Skaf e de políticos concorrentes dele, como José Serra (PSDB), Marta Suplicy (PMDB), Geraldo Alckmin (PSDB) e Márcio França (PSB).

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