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Relatório aponta envolvimento de milícia no desmatamento da Amazônia

Human Rights Watch revela a "Máfia do Ipê"
publicado 17/09/2019
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Reprodução/Agência Brasil

Relatório da ONG Human Rights Watch (HRW) publicado na manhã desta terça-feira, 19/IX, revela que as queimadas e a devastação na Amazônia estão relacionadas a uma rede de criminosos e à utilização de milícias armadas para impedir denúncias.

O relatório "Máfias dos Ipês: como a violência e a impunidade impulsionam o desmatamento na Amazônia brasileira" foi elaborado a partir de 170 entrevistas realizadas com policiais florestais, indígenas, agricultores, promotores públicos e agentes do Ibama, ICMBio e Funai.

Segundo a HRW, os principais responsáveis pelo desmatamento são madeireiros e pecuaristas, que praticam o desmatamento em busca de madeiras nobres e de novas pastagens para o gado.

O relatório aponta, também, a culpa de grileiros - grupos que derrubam a floresta e, utilizando documentos falsificados, tentam vender lotes de terras públicas, como áreas de preservação ambiental e terras indígenas.

Já as milícias atuam contra quem tenta denunciar os crimes - principalmente indígenas, moradores locais, líderes comunitários, agentes públicos e policiais.

"Os brasileiros que defendem a Amazônia enfrentam ameaças e ataques por parte de redes criminosas”, diz Daniel Wilkinson, diretor da HRW.

De acordo com a Pastoral da Terra, citada no relatório da ONG, mais de 300 pessoas foram assassinadas em conflitos pelo uso da terra e dos recursos naturais na Amazônia nos últimos dez anos. Apenas 14 casos foram levados a julgamento.

Leia o relatório completo no site da Human Rights Watch.

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