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PT e PSOL querem CPI para apurar ação da PM de Doria em baile funk

"É uma clara atuação de marginalização da juventude negra"
publicado 02/12/2019
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Protesto contra a ação da PM que resultou em nove mortos durante baile funk em Paraisópolis, zona sul da capital paulista (Crédito: Daniel Arroyo/Mídia Ninja)

Deputados de oposição ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), se articulam para criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as mortes de jovens após ação da Polícia Militar em um baile funk em Paraisópolis, na zona sul da capital paulista.

Para que o pedido de parlamentares do PT e do PSOL seja aprovado, são necessárias 32 assinaturas. Erika Hilton, da Bancada Ativista, mandato coletivo do PSOL, disse à Folha de S.Paulo que "o que aconteceu foi uma tragédia e mostra o despreparo da polícia para lidar com o assunto, a criminalização da pobreza e do funk".

"Há meses a Polícia Militar têm atacado os bailes funk, com apreensão de motos, carros e detenção de jovens, numa clara atuação preconceituosa e de marginalização da juventude negra periférica", afirmou o líder do PT na Assembleia, deputado Barba, em nota.

No entanto, um dia depois de a ação policial terminar com nove pessoas mortas nesse baile funk, Doria afirmou que as políticas de repressão aos pancadões não vão mudar.

“As ações na comunidade de Paraisópolis e em outras comunidades de São Paulo, seja por obediência da lei do silêncio, por busca e apreensão de drogas ou fruto de roubos, vai continuar. A existência de um fato não inibirá as ações de segurança. Não inibe a ação, mas exige apuração”, afirmou Doria em entrevista coletiva nesta segunda-feira 2/XII.

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