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Procuradora que tentou derrubar Gilmar culpa o STF pela alta do dólar

Thaméa é figurinha carimbada na Vaza Jato
publicado 09/11/2019
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(Reprodução/Redes Sociais)

A procuradora Thaméa Danelon, que chefiou a Operação Lava Jato em São Paulo e foi recentemente promovida a Procuradora Regional da República, atacou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que reafirmou o princípio constitucional de presunção da inocência.

Disse ela no Twitter:

Dólar sobe e bolsa cai. Consequências da decisão do STF em libertar criminosos. Impunidade; instabilidade jurídica, social e econômica atingem nosso país. Depositamos nossas esperanças no Poder Legislativo para reverter tão nefasto quadro. 🏴🏴🏴

— Thaméa Danelon (@thameadanelon) November 9, 2019

Em setembro, reportagem da série Vaza Jato publicada pelo Intercept Brasil e reproduzida pelo Conversa Afiada mostrou que Thaméa e Deltan Dallagnol, procurador-chefe da Lava Jato, municiaram um pedido de impeachment do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Ela colaborou com o advogado Modesto Carvalhosa na redação do texto. 

"O Professor Carvalhosa vai arguir o impeachment de Gilmar. Ele pediu para eu minutar para ele", escreveu a procuradora no 3/V/2017, em chat privado com o procurador Deltan Dallagnol no Telegram. 

Ao saber da informação, Dallagnol se empolgou. "Sensacional Tamis!", escreveu ele. Depois, aconselhou a colega a ir atrás de procuradores do Rio de Janeiro. “Fala com o pessoal do RJ QUE TEM tudo documentado quanto à atuação do sócio da esposa", disse.

Deltan ainda se ofereceu para revisar o pedido de impeachment de Gilmar.

13:59:52-Deltan: Se quiser olhamos depois de Vc redigir
13:59:53-Thamea: Eba!!!! Obrigada!!!
13:59:57-Thamea: Já estou escrevendo!!!
14:00:11-Thamea: Quero sim!!! Lógico!! Obrigada!!

Na semana passada, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) entrou com nova representação no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra Dallagnol e Thaméa, sob o argumento de que eles praticaram “advocacia privada através da redação clandestina do pedido de impeachment” de Mendes.

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