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Presidente do STJ, que pode decidir sobre Queiroz, atendeu a interesses do governo em 87,5% dos casos

Ele estará de plantão durante recesso de julho
publicado 26/06/2020
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(Antonio Cruz/Agência Brasil)

Levantamento feito pelo Estadão sobre as decisões do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, aponta que o ministro atendeu aos interesses do governo de Jair Bolsonaro em 87,5% das decisões individuais tomadas entre 1º/I/2019 e 29/V deste ano.

Essa informação é relevante porque, nas próximas semanas, Noronha estará no comando do plantão do STJ, em meio ao recesso de julho. Isso significa que eventuais recursos no caso Fabrício Queiroz, que está preso desde a semana passada, podem ser analisados pelo ministro.

Como lembra o jornal, "um dos casos mais emblemáticos em que Noronha ficou ao lado do governo foi a decisão de livrar Bolsonaro da obrigação de divulgar os laudos de todos os exames que realizou para detectar se foi infectado ou não pelo novo coronavírus. O ministro chegou a antecipar a sua posição pessoal em entrevista ao site jurídico JOTA. 'Não é porque o cidadão se elege presidente ou e ministro que não tem direito a um mínimo de privacidade. A gente não perde a qualidade de ser humano por exercer um cargo de relevância na República', afirmou na ocasião".

Nos bastidores do STJ, colegas de Noronha apontam que o ministro vem tentando se colocar na disputa por uma das duas vagas do Supremo Tribunal Federal (STF) que serão abertas no mandato de Bolsonaro. Noronha nega, de acordo com o Estadão.