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Polícia do Rio é a mais corrupta e letal!

Dias na Carta: políticos e povo são coniventes!
publicado 24/03/2019
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Da Rosa dos Ventos de Mauricio Dias, na edição de 27/III da Carta Capital:

Indignidades policiais


Épossível aplaudir nestes momentos, ainda que com cautela, o desempenho das polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, as quais, após um ano – um ano! –, prenderam os acusados de matar a vereadora Marielle Franco e seu motorista? Fantástica demora, sem fechar o caso.

Presos dois policiais militares aposentados, mas é preciso encontrar o mandante ou os mandantes do crime. São, porém, os PM os que mais se prestam a tais serviços sujos. Como se dá agora. São eles os que mais matam, trata-se da força mais corrupta e mais letal do País.

O sangue derramado no Rio pela perseguição policial infelizmente jorra forte em todos os estados. Em 2018, mais de 5 mil pessoas foram mortas por policiais. À terra carioca a indiscutível primazia: acima de 1,2 mil.

Um relatório produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública confirma inexoravelmente tanto a violência policial no Rio de Janeiro quanto a corrupção. Será porque o agente carioca ganha menos que seu par de outros estados? Oficialmente, é possível. Não é, porém, apenas por esta razão. Foi ao longo da história que os cidadãos e os policiais aliaram-se à polícia. Daí nasceu a cumplicidade.

Agora todos pagam o preço.

Uma cena corriqueira vê fardados a filar boia nos restaurantes, mesmo os mais estrelados. Comem, pedem um palito ao garçom e saem agradecidos. O único constrangimento é do freguês.

Exemplo, só aparentemente miúdo. Esses péssimos hábitos ocorrem também por conta do comandante do quartel. Libera os comandados, se não todos alguns deles, devidamente autorizados, a botar gasolina de graça nos carros oficiais no posto da esquina.

Está claro que o problema maior foi gerado pela chegada das drogas. O dinheiro rolou e se fixou. Os governantes apelaram para o Exército. Houve resistência, temiam a contaminação dos soldados pelo exército de traficantes.

Nada mais exemplar do que a recente incursão oficial no Rio. Nos meses que passaram na cidade, praticamente, tudo ficou na mesma, quando não piorou. Visitaram as favelas do Alemão, da Penha e da Maré. Na verdade, foram cinco dias de operação sem sucesso, até que as “férias” chegaram ao fim.

Nestas ocasiões, cresce sorrateiramente a aproximação entre soldados e traficantes, enquanto a guerra produz as suas vítimas.

Em tempo: sobre a Intervenção Tabajara - também chamada de intervenssão - visite o sempre imperdível ABC do C Af.

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