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PCC (PSDB-SP) executa foragido com 70 tiros!

Organização criminosa que vive à sombra do tucano sangra com luta interna
publicado 25/07/2018
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70 tiros e a Polícia de SP desconfia que seja uma execução... (Divulgação/Polícia Civil)

O Conversa Afiada reproduz trecho de reportagem de Felipe Resk e Marcelo Godoy no Estadão:

A execução de Cláudio Roberto Ferreira, o Galo Cego, de 38 anos, é mais um episódio da guerra interna do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele foi assassinado nesta segunda-feira, 23, enquanto estacionava em região badalada do Tatuapé, zona leste paulistana. Pelo menos dois atiradores, de touca ninja e fuzil, dispararam cerca de 70 vezes. Para investigadores e promotores ouvidos pelo Estado, o crime está ligado à queima de arquivo e é uma tentativa de acalmar membros do PCC após mortes de líderes.

No crime organizado, Galo, foragido da Justiça, ficou conhecido por ataques a banco, mas havia migrado para o tráfico internacional de drogas. Segundo a polícia, ele planejou, de dentro do presídio de Mirandópolis (SP), o ataque aos cofres do Itaú da Avenida Paulista em 2011. 

Em 2008, havia participado de um assalto, em Guarulhos, que terminou com três mortes (um PM, um líder do PCC e uma vítima de bala perdida). Ele foi condenado por esse crime, mas recebeu liberdade provisória em 2016 após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski conceder habeas corpus. Estava foragido desde 2017, quando a Corte suspendeu os efeitos da decisão.

No PCC, Galo era integrante da ala liderada por Wagner Ferreira da Silva, o Cabelo Duro. Segundo investigações, porém, teria sido responsável por indicar o paradeiro do ex-aliado, executado em fevereiro, na frente de um hotel no Tatuapé. O ataque era uma vingança pela morte de dois líderes da facção: Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca.

A guerra interna do PCC começou em fevereiro, após a morte de Gegê do Mangue e de Paca, vítimas de uma emboscada enquanto passavam férias com a família no Ceará. Na ocasião, o helicóptero da dupla pousou em uma reserva indígena, onde os tripulantes - entre eles, Cabelo Duro - executaram ambos. Os dois tiveram os olhos furados, sinal de “olho gordo”, por supostamente estarem se beneficiando às custas da facção. 

Logo depois, a cúpula do PCC decretou a morte dos envolvidos no ataque. Na época, dois homens ligados a Cabelo Duro teriam sido submetidos ao tribunal do crime. Um era o braço direito do criminoso, José Adinaldo Moura, o Nado, que foi morto pela facção. Enterrado de ponta-cabeça, o corpo nunca foi encontrado.

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