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Para soltar bolsomínions anti-quarentena, defesa alega risco de Covid-19

Mas eles não chamam o coronavírus de "fraude"?
publicado 18/05/2020
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(Reprodução)

A Defensoria Pública do Estado de São Paulo apresentou pedido para libertar dois manifestantes ultrabolsonaristas, Antonio Bronzeri e Jurandir Alencar, que foram presos preventivamente no sábado 16/V. Na ação, o órgão alega que o mandado de prisão é ilegal e, entre outros argumentos, diz que há o risco de eles contraírem a Covid-19 na prisão.

Eles fazem parte de movimentos reacionários pró-Jair Bolsonaro e estão presos porque, segundo a Polícia Civil, descumpriram a ordem de ficar em casa e participaram de protestos na Avenida Paulista e em um acampamento montado em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) – eles haviam sido detidos em 2/V quando foram à porta da casa do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para ameaçá-lo.

Contrário às medidas de quarentena em meio à pandemia, Bronzeri organizou protestos contra o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), a quem chama de “psicopata”. Segundo ele, a pandemia é uma “fraude” para encher o bolso de políticos corruptos.

“Considerando a situação emergencial de saúde pública decorrente do coronavírus (Covid-19), considerando que estabelecimentos em que há aglomeração de pessoas privadas de liberdade são muito mais suscetíveis à disseminação de doenças virais, e visando a reduzir ao máximo os riscos advindos de uma possível contaminação por coronavírus, principalmente dos sujeitos ainda protegidos pela presunção de inocência, pugna pela concessão da liberdade provisória dos requerentes”, diz o pedido assinado pela defensora Hellen Compariri.

Por sua vez, a juíza Ana Carolina Mascarenhas afirmou, no mandado de prisão expedido no último sábado, que “além de estarem respondendo por fatos extremamente graves, que envolvem supostos ataques a membro de um dos Poderes da República, os representados (…) continuam envolvidos em atos de protestos, de incitação à violência, causando aglomerações, o que, definitivamente, prova que não podem usufruir da liberdade que lhes foi concedida”.

Com informações da Veja