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O Trabalho enriquece os Jefferson

Auler conta o início de uma carreira na Polícia
publicado 05/01/2018
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Deputado Jefferson manda no Trabalho do Rio e agora do Brasil!

O Conversa Afiada reproduz do blog do Marcelo Auler:

Roberto Jefferson: o passado explica o receio


Pode-se dizer que não se trata de pré-conceito, ao se repudiar o fato de a filha do ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB, Cristiane Brasil, ser emplacada no cargo de ministra do Trabalho. (...) Jefferson, como político que se alia ao governo de plantão, sempre foi considerado “dono” das indicações para a área do Trabalho no Estado do Rio de Janeiro.

(...) A primeira indicação feita por Jefferson, à época, foi barrada pelos levantamentos da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN). O nome não era confiável. Nem chegou a ser conhecido. O escolhido então foi o Auditor Fiscal do Trabalho (AFT) Henrique Pinho. Ficou na função até junho de 2005. (...) As consequências da passagem de Pinho pela DRT do Rio de Janeiro, porém, só vieram a público quase um ano depois. Surgiram em abril de 2006, em uma ação conjunta da própria Corregedoria do Ministério do Trabalho – na época já comandado por Luiz Marinho, sindicalista, ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista e ex-prefeito de São Bernardo – com a Polícia Federal e a Procuradoria da República.

Foi a Operação “Paralelo 251” que toda a imprensa cobriu com destaque na época, mas acabou esquecendo-se dela. Inclusive agora, quando o político cassado passa a ter mais poderes ainda. Antes, seu grupo dominava uma DRT. Agora, sua filha, Cristiane Brasil (...) assumirá comando de todo o Ministério.


Em 2006 toda a imprensa deu destaque a Operação Paralelo 251 que acabou esquecida quando Jefferson emplaca a filha para o cargo de ministra.

(...) É bem verdade que destes 56 presos, pelo menos 19 denunciados no processo 0509471-04.2006.4.02.5101, da 4ª Vara Federal Criminal, acabaram inocentados. Para outros três foi extinta a punibilidade, por prescrição. Um morreu ao longo deste tempo.

Porém, outros 30 estão relacionados na Ação Penal 0503990-94.2005.4.02.5101, também na 4ª Vara Federal Criminal. Esta, apesar de decorridos quase 12 anos da Operação Paralelo 251, somente agora está conclusa para a sentença.

Na Ação Penal a expectativa do Ministério Público Federal é que as condenações serão muitas. Afinal, entre os AFTs ali denunciados estão alguns diretamente ligados à corrupção patrocinada por empresários já condenados em processos paralelos que correram na mesma Vara.


Reprodução: Marcelo Auler

(...) O que ressalta aos olhos é que na antiga DRT-RJ o poder político era do PTB, comandado, como continua a ser, por Jefferson. Agora seu poder irá ampliar. Mandará no ministério como um todo. Resta saber se órgãos internos de controle funcionarão como devem para evitar que tais esquemas se repitam. Só o tempo dirá.

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