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Novo presidente da Fundação Palmares nega o racismo e quer o fim do movimento negro

"Minha atuação será norteada pelos valores que elegeram Bolsonaro"
publicado 27/11/2019
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(Reprodução/Redes Sociais)

No mês da Consciência Negra, a Secretaria de Cultura do governo de Jair Bolsonaro nomeou Sérgio Nascimento Camargo para comandar a Fundação Cultural Palmares, órgão responsável por promover a cultura afro-brasileira. Ele, no entanto, já afirmou que no Brasil não existe "racismo real", que a escravidão foi "benéfica para os descendentes" e que o movimento negro deve ser "extinto".

Como lembra reportagem do Globo nesta quarta-feira 27/XI, Camargo já defendeu o fim do feriado da Consciência Negra e atacou diversas personalidades negras, entre elas a atriz Taís Araújo, o ator Lázaro Ramos e a ex-vereadora Marielle Franco, assassinada em março do ano passado.

"Merece estátua, medalha e retrato em cédula o primeiro branco que meter um preto militante na cadeia por crime de racismo", disse Camargo neste mês em postagem nas redes sociais.

E tem mais: Angela Davis, uma das principais figuras do feminismo negro, foi chamada de "baranga" e "mocreia" por Camargo, que também atacou a cantora Preta Gil e a atriz Camila Pitanga, chamadas por ele de "ladras racistas".

A propósito, os músicos Gilberto Gil, Leci Brandão, Mano Brown, Emicida e os deputados federais Talíria Petrone e David Miranda (ambos do PSOL-RJ) foram chamados de "parasitas da raça negra no Brasil".

"Fui nomeado nesta quarta-feira presidente da Fundação Cultural Palmares, a convite do secretário especial da Cultura, Roberto Alvim. Assumir o cargo será uma grande honra e ao mesmo tempo um desafio! Grandes e necessárias mudanças serão implementadas na Fundação Palmares. Sou grato a Deus por essa oportunidade. Minha atuação à frente da Fundação será norteada pelos valores e princípios que elegeram e conduzem o governo Bolsonaro", escreveu Camargo para comemorar sua indicação nas redes sociais.

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