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Novo embaixador dos EUA não é o filho do Trump

Sabatina do Eduardo embaixabúrguer não saiu do papel!
publicado 03/10/2019
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O diplomata Todd C. Chapman em debate em uma universidade em Massachusetts, em dezembro de 2017 (Créditos: Divulgação/Gordon College)

A novela da indicação de Eduardo Bolsonaro, filho 03 do Jair Messias, ao cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos parece não ter fim.

Segundo O Globo, o presidente Jair Bolsonaro sinalizou que não encaminhará tão cedo o embaixabúrguer à sabatina no Senado, um procedimento necessário para assumir o posto diplomático.

Ele tem pouco mais de trinta votos - para virar embaixador, precisa do apoio de, ao menos, 41 dos 81 senadores...

Do lado de lá, entretanto, a história já está definida.

O novo representante dos Estados Unidos no Brasil será Todd Chapman, ex-embaixador no Equador e vice-chefe da missão norteamericana em Brasília entre 2011 e 2014.

A confirmação, portanto, frustra os planos do governo Bolsonaro, que esperava uma "troca de famílias": Eduardo 03 seria o embaixador do Brasil em Washington, enquanto o presidente Donald Trump enviaria o filho Eric Trump para ocupar o posto em Brasília.

Eric já havia enterrado de vez a história em 17/VII: "nada mais que um rumor", disse um assessor.

Chapman é um diplomata de carreira.

Não é uma opção política para agradar o governo Bolsonaro, nem um ativista trumpista, nem oriundo de um think-tank anticomunista.

Não compartilha do desejo do presidente Trump de atacar imigrantes ilegais com tiros, cobras e jacarés, portanto.

Segundo Hussein Kalout, pesquisador da área de relações internacionais da Universidade de Harvard e colunista da Época, a seleção de Todd Chapman, um "profissional com perfil técnico", demonstra que "o governo americano quer evitar um nome associado à polarização política".

Ele completa: "os EUA olham mais para o futuro da relação bilateral do que para a circunstancial conjuntura atual. Por isso, escolheram um nome técnico e não um político ou ativista conservador. (...) A entrada de um diplomata de carreira pode consolidar canais de interlocução com todas as alas do espectro político nacional."

Ou seja: o governo Trump olha para além de Bolsonaro...

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