Brasil

Você está aqui: Página Inicial / Brasil / Na Suíça, relações espúrias tiram procurador de investigação...

Na Suíça, relações espúrias tiram procurador de investigação...

Viu, Dallanhinho? Viu, Moro?
publicado 18/06/2019
Comments
Untitled-3.jpg

Lauber (E) e Moro: um já foi afastado. O outro também será? (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O Conversa Afiada reproduz do DCM:

Realidades diferentes: Procuradores são afastados de investigação na Suíça após conversas ilegais

O procurador-geral da Suíça, Michael Lauber, e outros dois procuradores foram afastados das investigações relacionadas com a corrupção na Fifa. A decisão foi tomada pelo Tribunal Federal da Suíça que, depois de avaliar duas queixas, julgou que os implicados não poderão continuar a fazer parte do inquérito iniciado em 2015.

Lauber é também responsável pelas investigações sobre a Lava Jato. Mas a decisão anunciada não afeta essa dimensão de seu trabalho. O caso teve início quando a imprensa revelou encontros não declarados entre Lauber o presidente da Fifa, Gianni Infantino. A realização das reuniões não é proibida. Mas precisam ser protocoladas e registradas.

Um procedimento disciplinar foi aberto contra o procurador. Mas, ao mesmo tempo, duas queixas foram apresentadas ao tribunal local. O resultado foi a constatação de que as ações de Lauber, por sua falta de transparência, colocaria em dúvida sua imparcialidade.(…)

A corte também constatou que, sem a revelação feita pela imprensa, os contatos fora do padrão por parte do procurador-geral jamais teriam sido conhecidos. Isso minaria um processo justo.(…)Um ex-procurador, Olivier Thormann, também foi afastado. Além dos encontros com a direção da Fifa, ele trocou SMS com um dos chefes do Departamento Jurídico da entidade. Essa troca de mensagem, na avaliação dos juízes, “ultrapassam em grande medida o quadro formal de regras fixados”. A corte também estimou que tais mensagens “deixam transparecer uma separação pouco clara e precisa entre ações profissionais e contatos privados”.

(…)