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Moro ordenou busca e apreensão sem pedido do Ministério Público

Delegado responde: "deixa quieto, vou ajeitar..."
publicado 19/10/2019
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Créditos: Jota Camelo

O Intercept Brasil publicou neste sábado 19/X um novo capítulo da Vaza Jato, a série de revelações sobre os bastidores da Operação Lava Jato, a partir de mensagens trocadas no aplicativo Telegram.

Segundo reportagem de Glenn Greenwald e João Felipe Linhares, o ex-juiz Sérgio Moro ordenou operações de busca e apreensão na casa de suspeitos, sem qualquer espécie de pedido do Ministério Público - o que é irregular.

Moro também dava orientações e participava de reuniões para definir detalhes das operações da Polícia Federal, inclusive determinando quais itens deveriam ser apreendidos pelos agentes.

De acordo com as mensagens, os procuradores da força-tarefa de Curitiba, os agentes da PF e o próprio Sérgio Moro tinham consciência de que esse comportamento era impróprio: um juiz admitir relação próxima com os procuradores e os delegados seria uma violação do capítulo 3 do Código de Ética da Magistratura e do artigo 25 do Código de Processo Penal  - o que lançaria dúvidas sobre a sua própria imparcialidade.

E qual era a reação da Polícia Federal a essa situação?

Em fevereiro de 2016, em um dos grupos do Telegram, o delegado da PF Luciano Flores comenta: "Russo deferiu uma busca que não foi pedida por ninguém…hahahah. Kkkkk".

("Russo" é o apelido utilizado pelos membros da força-tarefa para se referir a Moro.)

“Como assim?!”, perguntou a delegada Renata Rodrigues, agente da Polícia Federal também trabalhando na Lava Jato.

Flores responde: “Normal… deixa quieto… Vou ajeitar… kkkk”.

Leia a reportagem completa no Intercept Brasil.

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