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Moraes aponta cinco crimes de Sara Winter e reforça: "Judiciário não pode silenciar"

São "inúmeras ofensas gravíssimas"
publicado 30/05/2020
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(Foto 1: Nelson Jr./SCO/STF - Foto 2: Redes Sociais)

O ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga ameaças, ofensas e fake news contra integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF),  apontou indícios da prática de cinco crimes pela militante ultrabolsonarista Sara Winter e argumentou que o Judiciário não pode “silenciar diante de inúmeras ofensas gravíssimas”. O comentário, revelado pelo Estadão neste sábado 30/V, faz parte da decisão em que Moraes pede à Procuradoria-Geral da República (PGR) para analisar um vídeo da ativista e tomar as providências cabíveis.

No vídeo encaminhado por Moraes à PGR, Sara Winter diz: “eles não vão me calar, de maneira nenhuma. Pelo contrário, eu sou uma pessoa extremamente resiliente. Pois agora, meu… e não é que ele mora em São Paulo? Porque se estivesse aqui eu já estaria na porta da casa dele convidando ele para ‘trocar soco’ comigo. Juro por Deus, essa é a minha vontade. Eu queria trocar soco com esse ‘filha da puta’ desse ‘arrombado’! Infelizmente não posso, mas eu queria. Ele mora lá em São Paulo, né? Pois você me aguarde, Alexandre de Moraes. O senhor nunca mais vai ter paz na vida do senhor!”.

Ao analisar o vídeo, Moraes apontou indícios de cinco crimes: injúria; ameaça; tentar impedir, com emprego de violência ou grave ameaça, o livre exercício de qualquer dos Poderes da União ou dos Estados; incitar a subversão da ordem política ou social; e caluniar ou difamar o presidente da República, o do Senado Federal, o da Câmara dos Deputados ou o do Supremo Tribunal Federal, imputando-lhes fato definido como crime ou fato ofensivo à reputação. 

“A despeito de se garantir a plena liberdade de expressão, em certos casos, como ocorreu com as manifestações de Sara Fernanda Giromini, por meio das redes sociais, o Poder Judiciário não pode silenciar diante de inúmeras ofensas gravíssimas, inclusive contra a integridade física de ministros do Supremo Tribunal Federal, especialmente quando tais ofensas têm origem em pessoa (principal porta-voz do grupo ‘300 do Brasil’) que já admitiu a existência de armamento entre os membros do grupo radical e que vem despertando preocupação por supostas atividades paramilitares”, observou o magistrado.