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Militar da FAB é preso com 39 kg de cocaína em avião oficial

Aeronave faz parte da comitiva de Bolsonaro
publicado 26/06/2019
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Militar transportou droga em um dos Embraer-190 do Grupo de Transporte Especial da Aeronáutica (Reprodução/FAB)

Do El País:

Militar que levava 39 quilos de cocaína em mala de mão dentro avião da FAB será processado na Espanha


A Guarda Civil espanhola deteve nesta terça-feira no aeroporto de Sevilha um militar brasileiro de 38 anos que havia transportado 39 quilos de cocaína em um avião da FAB integrado à comitiva do presidente Jair Bolsonaro (...) A prisão ocorreu durante uma escala do avião reserva da presidência em Sevilha, no sul da Espanha, rumo a Osaka, onde Bolsonaro participará da reunião do G-20. O ministério brasileiro de Defesa emitiu nota confirmando a detenção do militar por tráfico de entorpecentes, e anunciou a abertura de um inquérito para apurar o ocorrido. Bolsonaro também escreveu um tuíte sobre o fato.

Fontes da Guarda Civil disseram que a detecção da droga e a posterior detenção do militar ocorreram quando os membros da tripulação e suas bagagens passaram pelo controle alfandegário obrigatório após a chegada a Sevilha. Ao abrir a mala de mão os agentes encontraram 37 tijolos de um quilo cada. "Não estava nem mesmo escondido entre as roupas", disseram fontes da Guarda. As autoridades da Espanha agora querem saber qual era o destino final da droga.

O militar foi levado para o comando da Guarda Civil na capital andaluza, e na quinta-feira passará à disposição judicial para responder por crime contra a saúde pública. O Ministério da Defesa disse em seu comunicado que “repudia” os atos do militar e que colaborará com as autoridades espanholas na investigação. (...)

Não é a primeira vez que membros da FAB usam sua condição de militares para traficar drogas. Em abril, o Tribunal Superior Militar decretou a expulsão da corporação de um comandante pelo transporte de 33 quilos de cocaína numa aeronave militar que se dirigia à França com escala nas ilhas Canárias. Outros dois colegas do comandante já tinham perdido o posto por sua participação no caso, ocorrido em 1999. O comandante foi condenado a 16 anos da prisão por integrar “uma rede especializada no tráfico internacional de cocaína" com a ajuda de aviões da FAB.

Em tempo: no Twitter, Guilherme Boulos publicou comentário sobre o caso:

Depois do Helicoca, agora temos o escândalo do Aerococa.

Os dois têm algo em comum: mostram que o narcotráfico de verdade não está nas favelas. O crime organizado tem raízes no Estado e no poder econômico.

É fácil atacar o "aviãozinho" e preservar os aviões e helicópteros...

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