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Marco Aurélio: na rua, a autoridade é o guarda

Ele se diz "estarrecido" com a carteirada
publicado 21/07/2020
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(Foto 1: Nelson Jr./STF - Foto 2: Redes Sociais)

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, disse nesta terça-feira 21/VII à coluna de Josias de Souza no UOL que ficou "estarrecido" com a carteirada do desembargador Eduardo Siqueira, no último fim de semana, contra um guarda municipal de Santos, Cícero Hilário Neto.

"A autoridade na rua é o guarda, não o desembargador", disse o ministro, que avalia que o caso exige punição ao magistrado. "Somos autoridades no tribunal, com a capa nas costas. Na rua, somos cidadãos", completou.

Na cena em que tentou humilhar o guarda, chamando-o de "analfabeto",  Siqueira disse que "decreto não é lei." Por isso, decidiu descumprir o decreto municipal que tornou obrigatório o uso de máscara em Santos. Marco Aurélio, porém, discordou e afirmou que "o decreto municipal precisa ser observado".

Ele recuperou o artigo 23 da Constituição, que estabelece o que "é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios." Há uma lista com 12 itens. No segundo, lê-se: "cuidar da saúde e assistência pública..."