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Marco Aurélio concorda com Requião: chega de julgar por "simpatia" ou "antipatia"

Ministro pede que juízes (como Barroso) não decidam com base em uma visão de mundo
publicado 14/06/2018
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O senador Roberto Requião, do MDB do Paraná, fez na quarta-feira 13/VI, no plenário do Senado, um irrepreensível discurso em defesa de uma Justiça independente e alheia a pressões.

Ele falava especificamente do caso da senadora Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT, que será julgada pelo Supremo Tribunal Federal na próxima terça, 19/VI.

Requião lembrou que basta comparar o caso de Gleisi com o de senadores que tiveram denúncias arquivadas para entender o contexto:

"É tão óbvio! Só não vê, só não acredita quem foi abduzido pela imoralidade desses tempos tão trevosos. Que se faça a luz, que se faça a justiça".

O senador reforçou que Gleisi é vítima de uma reação por parte da imprensa, do Judiciário e do Ministério Público às suas posições em defesa dos trabalhadores, da soberania nacional, do capital produtivo e das mulheres - e que a perseguição se intensificou quando Gleisi assumiu a presidência do partido.

Nesta quinta, 14/VI, o Ministro Marco Aurélio Mello, do STF, citou o discurso de Requião durante a sessão em que o tribunal proibiu em definitivo as conduções coercitivas que os lavajatenses, sob o comando do Judge Murrow, amam de paixão.

O Ministro concorda com Requião:

- não há moralidade em um sistema judiciário que faz da licença hermenêutica a lei;

- que acusa, processa e condena segundo a visão de mundo dos juízes, segundo simpatias ou antipatias

- essas palavras são oportunas no que se refere ao afã de chegar a melhores dias e de se ter a correção de rumos

Assista ao vídeo: