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Laranja de Serra operava com o PCC

Operação Castelo de Areia pegou todos os tucanos gordos...
publicado 21/02/2019
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Do PiG cheiroso:

Suíça liga operador à facção e propinas


O Ministério Público da Suíça vinculou o engenheiro acusado de operar propinas para o PSDB, Paulo Vieira de Souza, à facção criminosa que controla presídios em São Paulo, o Primeiro Comando da Capital (PCC), e a suposto esquema que envolveria propina paga pela Camargo Corrêa em contratos para obras do Rodoanel, em São Paulo.

Em transmissão feita ao Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Internacional (DRCI) do Ministério da Justiça, a procuradoria suíça mencionou Vieira de Souza no contexto de ação penal em que o engenheiro é acusado de peculato (desvio de dinheiro público por servidor no exercício do cargo) em desapropriações cujos processos de indenização ocorreram de 2009 a 2011 - Vieira de Souza foi diretor da Desenvolvimento Rodoviário S.A (Dersa) de 2007 a 2010. A empresa é controlada pelo governo de São Paulo.

"Verifica-se que Paulo Vieira de Souza teria pago comissões ocultas a pessoas vinculadas com uma organização chamada Primeiro Comando da Capital".

A procuradoria suíça, no entanto, não explica qual seria a ligação de Vieira de Souza com a facção criminosa. A investigação sobre o Rodoanel, que tramita sob tutela da 5ªVara Federal Criminal de São Paulo, não encontrou, até agora, qualquer evidência de vínculo dele com o PCC.

No comunicado, o Ministério Público da Suíça também menciona suposto esquema de pagamento de propinas pela empreiteira Camargo Corrêa, que teria ocorrido de 2007 a 2009.

"Paulo Vieira de Souza seria, além disso, suspeito, no âmbito da investigação levada pelas autoridades brasileiras sob o nome 'Operação Castelo de Areia', de ter recebido subornos provenientes da sociedade Camargo Corrêa, de 2007 a 2009, relacionados com o projeto Rodoanel". A Castelo de Areia investigou o suposto esquema, mas foi anulada em abril de 2011 por decisão da 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O documento se refere a quatro relações de negócios de uma sociedade panamenha chamada Groupe Nantes S.A aberta no banco Bordier & Cie, em Genebra, "cujo beneficiário é Paulo Vieira de Souza, cidadão brasileiro nascido em 7 de março de 1949".

Tratam-se de 4 contas bancárias, abertas em 5 de julho de 2007, que contabilizavam 37,2 milhões de francos suíços em 7 de junho de 2016. Elas foram encerradas e o saldo transferido para contas em nome de Groupe Nantes S.A, no mesmo estabelecimento bancário, segundo a Suíça.

Em fevereiro de 2017 houve uma primeira transferência de valores da conta da Groupe Nantes, de US$ 17,2 milhões, para o Deltec Bank Trust Limited de Nassau, nas Bahamas.

Em 8 de março de 2017, o saldo restante de US$ 17,16 milhões foi transferido também para a conta nas Bahamas. (...)

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