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Jungmann, dá um pulo à Rocinha

Quem compra cocaína do Nem?
publicado 18/09/2017
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Do Globo Overseas:

Maior favela do país, a Rocinha, encravada entre Gávea e São Conrado, voltou a ser palco de uma guerra do tráfico como há muitos anos não se via. Ignorando a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), instalada em 20 de setembro de 2012, às vésperas de completar cinco anos, um grupo de 50 bandidos de fuzis, que partiram de várias comunidades do Rio, se dirigiu para a região, assaltou motoristas e usou carros roubados para invadir o morro. Alguns moradores chegaram a relatar tiroteios ensurdecedores, que duraram até duas horas ininterruptas. Pelas redes sociais, eles postaram vídeos denunciando que, dentro do morro, corpos de traficantes mortos nos confrontos eram incinerados na frente de todos.

Os confrontos começaram ainda de madrugada. Os motoristas que passavam pela Autoestrada Lagoa-Barra foram surpreendidos por bandidos atirando do alto da laje de barracos. Para evitar vítimas de balas perdidas, o Túnel Zuzu Angel foi fechado duas vezes. A primeira a ser fechada foi a pista sentido São Conrado, às 4h06m, depois, as duas pistas da via foram interditadas ao trânsito, das 4h20m às 6h48m. Duas entradas da estação de metrô em São Conrado foram fechadas. Um dia aterrorizante para moradores da favela e do asfalto — a área é rota para o Rock in Rio —, que teria sido ordenado pelo traficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, de dentro de um presídio federal de Porto Velho, em Rondônia, para se vingar do atual chefe do tráfico da Rocinha.

Pelo menos uma pessoa morreu e três foram feridas, de acordo com a Polícia Civil. O morto foi identificado como Thiago Fernandes da Silva, de 25 anos. Segundo a polícia, ele tem passagens por tentativa de homicídio e tráfico de drogas. A família do jovem afirmou que ele foi vítima de bala perdida. O que aconteceu, de fato, dentro da favela era ignorado até pela polícia, que não conseguiu impedir a movimentação dos bandidos.

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