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Itália fecha acordo com a China e dá uma banana ao Trump e ao Bolsonaro

Extrema-direita leva primeiro Governo do G7 à Rota da Seda
publicado 24/03/2019
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Reprodução

Quando o avião do presidente Xi da China entrou no espaço aéreo da Itália foi escoltado por dois jatos de combate da Força Aérea italiana.

Na entrevista de uma hora com o presidente Mattarella pousou diante de um busto de Julio Cesar.

Agentes do Governo americano tentaram boicotar a visita com os argumentos de sempre: a China é predadora, rouba segredos militares e empresariais, ameaça a segurança dos países - numa palavra, é predadora, "uma rival sistêmica".

É a mesma linha de raciocínio do vassalo Bolsonaro - essa capa da Carta Capital é fabulosa! - , que, na Casa Branca, disse que não ia fazer negócios com a China, porque é contra o comércio com viés ideológico.

Quá, quá, quá!

A Itália tem um Governo não menos de Direita que o Brasil, nesse momento (Porém muito menos idiota...).

O Governo é resultado de uma mistura da Liga Norte (que foi separatista, para se livrar do Sul napolitano, pobre) e o M5, rebento de um astro grotesco da televisão, Beppe Grillo.

Xi e o ministro do exterior Wang Yi estiveram com o primeiro-ministro (neutro), e o Ministro do Desenvolvimento econômico, Di Maio (do M5).

O outro co-governante, Salvini (da Liga) escafedeu-se e declarou: não me consta que a China pratique o livre mercado.

Seu sócio no poder, Di Maio reagiu: ele pode dizer o que que quiser; eu estou aqui para governar.

A visita concretizou a adesão da Itália à Rota da Seda chinesa.

A China já financia a remodelação do porto de Gênova, e vai levar a Rota à modernização dos portos de Palermo, Trieste e Veneza.

(A Rota original ajudou a Sereníssima, a República de Veneza a se tornar um império...)

O Governo italiano anunciou um acordo imediato de €$2,5 bilhões e, breve, uma expansão para €$ 20 bilhões.

E a possibilidade de empresas italianas trabalharem no mercado chinês com menos restrições.

Com essa decisão, a Itália dá uma sonora banana também a Macron, presidente da França e à Merkel, chanceler da Alemanha.

Tanto um quanto a outra ainda são sensíveis à pressão americana e fingem que não querem aderir à Rota da Seda.

Mas Xi se encontrará com os dois, nessa mesma viagem.

Vai também a Monte Carlo, onde deve se apropriar do porto (e do cassino... onde o Moro recebeu singela homenagem.)

Os americanos estão desconfiados de que a Rota da Seda tenha como objetivo construir um império de infraestrutura, para interferir de forma agressiva (e lucrativa) na ordem econômica mundial.

Os americanos têm razão.

A Itália também.

Idiotas são os brasileiros.

PHA

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