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Ipea é pau no PT!

Se nem pesquisa fez, imagina o resto...
publicado 08/04/2017
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O Ipea só se esqueceu de... pesquisar. Na foto, dois dos beneficiários do Pronaf do Lula (Crédito: Agência PT)

"Agricultura e Indústria: inovação e competitividade": esse é o título do novo livro (sic) lançado pelo Ipea, subordinado ao Ministério do Planejamento.

A obra é organizada por José Eustáquio Vieira Filho e Albert Fishlow.

Diz a introdução:

"O livro está organizado em dez capítulos, baseado nas experiências bem-sucedidas de inovação tecnológica no Brasil, tais como: os casos da Embrapa, da Petrobras e da Embraer. O trabalho de investigação abrange as questões teóricas da mudança tecnológica, a ênfase na construção institucional de pesquisa do agronegócio, o quadro comparativo com os setores industriais e uma valiosa síntese e reflexão sobre os temas abordados."

O CAPÍTULO 5, "ESTRATÉGIAS DE DESENVOLVIMENTO NO BRASIL: EXPERIÊNCIA CONTEMPORÂNEA", é particularmente inquietante.

Pouco antes de iniciar uma seção com o título "O AMARGO CUSTO DO POPULISMO NO BRASIL: CHEGOU A HORA DO AJUSTE FISCAL", os autores do livro (sic) resolvem publicar a foto de uma manifestação (sic) dos paneleiros e seu boneco representando o Presidente Lula.

A legenda, amigo navegante, é primorosa! Vamos a ela:

"MANIFESTAÇÕES TOMAM CONTA DO BRASIL – A insatisfação pública foi uma resposta direta à corrupção instaurada na Petrobras e investigada pela operação Lava Jato. O Congresso Nacional foi tomado pelos manifestantes com camisas verdes e amarelas, fazendo claro contraste à cor vermelha característica dos movimentos socialistas que apoiavam o governo. Os protestos foram considerados as maiores manifestações de rua depois das “Diretas já” na década de 1980. A diferença foi que as aglomerações nesse momento histórico ganharam corpo com a massificação das novas tecnologias de comunicação, as quais ajudaram a convocar milhões de pessoas em tempo real, tal como foram os panelaços sempre que havia pronunciamento da presidência em rede nacional."

Aliás, o C Af questiona: onde estão essas panelas no momento em que o País enfrenta um desemprego em massa e o PIB desaba mais que a popularidade do MT?

No mesmo capítulo, os autores dizem:

Luiz Inácio Lula da Silva, líder político e um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT), subiu à presidência do Brasil em 1o de janeiro de 2003. Seu ingresso proporcionou enorme apreço à esquerda política, não somente no território brasileiro como em todo o resto da América Latina. Lula prometeu profunda mudança em seu discurso inaugural, rejeitando as políticas de livre mercado do seu antecessor e enfatizando uma campanha para eliminar a fome e a pobreza. O papel da agricultura era central dentro desse discurso, mas, na prática, poucas medidas foram implementadas para viabilizar o aumento da competitividade setorial.

É pau no PT! Desnecessário, até, lembrar as muitas políticas de crédito, de assistência, de comercialização, e de seguro para os agricultores familiares, por meio do Plano Safra de Agriculta Familiar, por exemplo. E a expansão do Pronaf?

Vale lembrar que esse livro (sic) foi produzido pelo Instituto de Pesquisa (quá, quá, quá!) Econômica Aplicada. Como ressalta um atento amigo navegante,

"Se nem mais pesquisa é feita de maneira séria, que dirá o resto...."

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