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Imprensa internacional mostra que Bolsonaro é um vexame

A irresponsablidade de Bolsonaro ganhou o mundo
publicado 01/04/2020
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O jornal britânico The Guardian é mais um veículo de imprensa que crítica o posicionamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em meio à pandemia de coronavírus.

Em editorial publicado na terça-feira (31/03), a publicação diz que o presidente é um “perigo para os brasileiros”.

“Sua resposta ao coronavírus atingiu novas profundezas. Muitos governos terão que responder por seus erros e complacência quando a pandemia terminar. O desempenho de Bolsonaro está em uma categoria única”, diz o texto.

O jornal diz que alguns aliados já começam a romper com o presidente, e cita os governadores de Goiás e Santa Catarina e rumores de inquietação nas Forças Armadas. “O senhor Bolsonaro pode não acreditar no distanciamento físico, mas está se mostrando notavelmente bem-sucedido em se isolar”, encerra.

Leia, em inglês, o editorial

Repercussão no mundo

Nas últimas semanas, a imprensa internacional noticia a postura de Bolsonaro frente à pandemia de coronavírus.

BBC Reino Unido

A rede pública britânica publicou reportagem neste domingo descrevendo as atitudes de Bolsonaro que dão a entender que ele não está levando a sério o perigo da pandemia.

"Enquanto o mundo tenta desesperadamente combater a pandemia de coronavírus, o presidente do Brasil está fazendo o possível para minimizá-la", afirma o texto. "Jair Bolsonaro tem relutado bastante para levá-la a sério. Indo contra o conselho de seu próprio Ministério da Saúde, no início de março, e enquanto aguardava os resultados de um segundo teste de coronavírus, ele deixou o auto-isolamento para participar de manifestações contra o Congresso", destaca a BBC.

'The Economist', Reino Unido

A "The Economist", uma das revistas mais importantes do mundo, chamou o presidente Jair Bolsonaro de "BolsoNero" –o último imperador romano, tido como um tirano extravagante que, para a população, iniciou um incêndio para construir um palácio.

O artigo da revista afirma que o Sars-Cov-2 ignora classes sociais no Brasil, que são socialmente distante, mas fisicamente próximas. "Um vetor pode ser o presidente populista, Jair Bolsonaro. No dia 15 de março, depois que seu secretário de Comunicações foi diagnosticado com o vírus, ele ignorou ordens de quarentena e tirou selfies com fãs. Quando o primeiro brasileiro morreu de Covid-10 no dia seguinte, ele denunciou uma 'histeria' sobre o vírus."

'The New York Times', Estados Unidos

O jornal norte-americano reproduziu um texto da agência de notícias Reuters no qual se afirma que as medidas econômicas de austeridade põem em risco a luta contra o coronavírus.

Está escrito que as medidas para mitigar a pandemia no Brasil são "muito cautelosas e limitadas".

"A razão para isso é em grande parte política. O presidente Jair Bolsonaro, que assumiu em janeiro de 2019 com a promessa de uma mudança econômica, repetidamente culpou a 'histeria' da mídia por causar pânico em torno do que ele classifica de 'uma gripezinha'. Ele chamou o fechamento do comércio em muitos dos estados de 'um crime'."

'The Atlantic', Estados Unidos

A revista descreveu as frases de Bolsonaro a respeito da pandemia, como a que descreve o Sarc-Cov-2 como uma gripezinha e a declaração de que "brasileiro tem que ser estudado" porque "pula no esgoto ali, sai, mergulha, tá certo? E não acontece nada com ele".

No título, a publicação classifica o presidente do Brasil como o líder do movimento de negacionistas do vírus.

"O movimento de negacionistas do coronavírus agora tem um líder"", afirma a revista. "O presidente Jair Bolsonaro atacou as autoridades locais que implementaram isolamentos severos, os acusando de destruir o país", descreveram.

'La Nación', Argentina

O diário argentino publicou reportagem sobre os assessores que estariam influenciando a postura de Bolsonaro. O texto se intitula "O 'gabinete do ódio': o corpo de conselheiros de Bolsonaro na crise pela pandemia".

"Bolsonaro aprofundou a radicalização de seu discurso diante da crise do coronavírus, cada vez mais aconselhado pelo "gabinete do ódio": um grupo de consultores ideologizados (assim chamados pela imprensa brasileira), com o selo e a presença de seu filho Carlos Bolsonaro", descreve a reportagem.

'Der Spiegel', Alemanha

O site da revista alemã noticia nesta segunda-feira o fato de Bolsonaro ter tido dois posts apagados do seu Twitter porque violavam as regras da rede social.

"As mensagens excluídas pelo Twitter são dois vídeos que mostram como Bolsonaro pessoalmente desconsidera as recomendações de seu próprio Ministério da Saúde para combater a pandemia. O presidente pode ser visto andando pela capital Brasília no domingo, encontrando-se com apoiadores e instando-os a manter a economia funcionando", diz a "Spiegel".

'Le Monde', França

O jornal francês publicou nesta segunda (30) que as publicações do presidente brasileiro, mostrando um encontro com pessoas nas ruas de Brasília são uma "contradição" ao que seu próprio governo prega para evitar a propagação da Covid-19.

"Menos de 24 horas antes, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, destacou a importância do confinamento no combate à pandemia de coronavírus, que já infectou 4.256 pessoas e deixou 136 mortos, segundo os últimos dados do Ministério da Saúde", diz a publicação.

'La Reppublica'
O jornal italiano afirmou que Bolsonaro não desiste e que afirma que o Sars-Cov-2 causa apenas uma gripe, além de ter dito aos governadores de São Paulo e Rio de Janeiro que devem reabrir tudo, mesmo com o avanço da pandemia.

Associated Press
Na agência de notícias Associated Press, um texto afirma que ele trata a pandemia de maneira desdenhosa, mesmo com o aumento de casos no país.

Com informações do G1.