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SP: homem dá três tiros em vizinho gay e diz que "viado tem que morrer"

Polícia registra crime como "tentativa de homicídio"
publicado 23/12/2019
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(Reprodução)

O contador Rafael Dias, de 33 anos, recebeu três tiros no centro de São Paulo, neste domingo 22/XII. O autor dos disparos, o aposentado Adel Abdo, de 89 anos, ainda fez insultos homofóbicos contra Rafael, segundo amigos da vítima e testemunhas citados em reportagem de Marcos Candido no UOL.

As agressões começaram no sábado 21/XII, dia em que Rafael promoveu uma festa no prédio onde mora. Um dos convidados, segundo a reportagem, disse que o aposentado ameaçou "meter bala" nos participantes e ainda afirmou que "viado tinha que morrer" e que não queria "gay no prédio dele". 

"Para ser sincero, a confusão só começou porque era uma festa com pessoas gays", conta Igor Fernandes, amigo da vítima.

No domingo, Adel esperou na entrada do prédio e atirou três vezes contra Rafael. Um dos disparos acertou o rosto do contador, que foi internado e operado na Santa Casa de Misericórdia. No momento, o quadro de saúde é considerado estável.

Após a chegada da Polícia Militar, o aposentado entregou a arma e confessou o crime. Nesta segunda-feira 23/XII, porém, depois de audiência de custódia, ele foi liberado sob a condição de manter distância da família da vítima, não portar armas, manter endereço fixo e acatar ordem judicial para prestar depoimento.

Embora o caso tenha sido registrado como tentativa de homicídio pelo 2º DP, no Bom Retiro, o advogado da vítima, José Beraldo, quer que o crime seja investigado como homofobia. Vale lembrar que, desde junho, o Supremo Tribunal Federal (STF) considera a homofobia como crime de racismo.

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