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Golpe expulsa 1 milhão de pobres do Enem!

Canalhas acabam com inscrição gratuita para a baixa renda
publicado 25/04/2018
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Da CUT:

Com Temer, quase um milhão de estudantes pobres desistem do Enem


A mudança no procedimento para solicitação de isenção da taxa de inscrição ao custo de R$ 82,00 prejudicou quase um milhão de estudantes pobres no país, que não conseguiram fazer o pedido junto ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O curto prazo de inscrição e o fim da isenção automática aos estudantes de baixa renda excluíram centenas de milhares de jovens do acesso à prova que permite o ingresso nas universidades públicas e privadas do país.

Em 2017, 4.731.592 alunos pediram a isenção da taxa de inscrição. Já neste ano, o número caiu para 3.818.663. Ou seja, 19% a menos se comparado os dois períodos. Outros 500 mil estudantes tiveram o benefício negado, apesar de terem feito o pedido.

Dentre os mais de 3,8 milhões que solicitaram a isenção de cobrança este ano, 971.924 são candidatos na situação de concluintes do ensino médio em escola pública. No ano passado, esse número foi de 1.486.448. A queda é de 34,6%.

A confusão foi gerada pelo governo golpista e ilegítimo de Michel Temer (MDB-SP), que publicou no dia 21 de março um edital com uma nova regra estabelecendo que, para o aluno ter isenção de taxa no exame, deveria fazer o pedido de 02 a 15 de abril. Um prazo muito curto para os milhões de alunos com baixa renda no país se adaptarem às novas regras.

Exatamente ao contrário do governo da presidenta legitimamente eleita, Dilma Rousseff, que, desde 2013, isentava automaticamente da cobrança quem estivesse nas seguintes condições:

- Cursou a última série do Ensino Médio em escola da rede pública declarada ao Censo Escolar;

- Fez todo o ensino médio em escola da rede pública ou concluiu como bolsista integral na rede privada, e tinha renda por pessoa, igual ou menor, que um salário mínimo e meio (R$ 1.431);

- Estava em situação de vulnerabilidade socioeconômica por serem integrantes de família de baixa renda - per capita de até meio salário mínimo (R$ 477) ou renda familiar mensal de até três salários mínimos (R$ 2.862);

- Ter feito o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) com nota mínima para certificação. (...)