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General Heleno não repudia ameaças de Eduardo

"Ele estava sob forte emoção com esse negócio da TV Globo"
publicado 31/10/2019
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(Reprodução/Facebook)

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, disse que, se o Brasil registrar protestos similares aos que acontecem no Chile, "algo terá de ser feito". Ao Estadão, o ministro afirmou que editar um "novo AI-5", como ameaçou o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), exigira estudos, já que o "regime democrático" impõe que uma proposta assim passe "em um monte de lugares".

Em momento algum da entrevista o general repudiou a possibilidade de um novo AI-5.

Chegou ao ponto de comparar a dificuldade de executar um plano como o AI-5 ao ritmo lento em que tramita o pacote "anticrime" de Sergio Moro, ministro da Justiça.

"Ele (Eduardo) estava sob forte emoção com esse negócio da TV Globo. Tudo isso tem de ser considerado (a declaração de Eduardo foi dada na segunda-feira 28/X, antes da reportagem do Jornal Nacional que menciona o nome do presidente no caso Marielle Franco). Essas coisas, hoje, num regime democrático... é complicado. Tem de passar em um monte de lugares. Não é assim. O projeto do (ministro da Justiça, Sérgio) Moro, fundamental para conter crime, não passa. Fazem de tudo para não passar. O pessoal não quer, não quer nada que possa organizar o País. Não quer dizer que isso vai organizar o País. Mas isso aí não é assim, vou fazer e faz. Então, não tenho o que falar", disse Heleno.

"Não ouvi ele (Eduardo Bolsonaro) falar isso. Se falou, tem de estudar como vai fazer, como vai conduzir. Acho que, se houver uma coisa no padrão do Chile, é lógico que tem de fazer alguma coisa para conter. Mas até chegar a esse ponto tem um caminho longo", completou o general.

E até quando as autoridades competentes assistirão a esse show de horrores protagonizado pelo bolsonarismo?

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