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Gebran: ligação entre filho de Lula e sítio de Atibaia é "bastante tênue, senão inexistente"

Desembargador do TRF-4 questiona competência da vara da Lava Jato
publicado 18/12/2019
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O desembargador João Pedro Gebran Neto (Créditos: Sylvio Sirangelo/TRF-4)

No último dia 10/XII, a Polícia Federal cumpriu mandatos de busca e apreensão contra a Gamecorp, empresa de desenvolvimento de softwares e outros serviços do setor de tecnologia que tem entre seus sócios Fábio Luis Lula da Silva - filho do presidente Lula.

A operação fez parte da 69a fase da Lava Jato, que investiga repasses de R$ 132 milhões do grupo Oi/Telemar para a Gamecorp.

À época, a força-tarefa de Curitiba argumentou que os recursos, supostamente ilícitos, poderiam ter sito utilizados na compra do "sítio de Atibaia" - aquele que não é do Lula.

A defesa de Fábio Luis solicitou ao Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF-4) nesta terça-feira 17/XII que as investigações fosse retiradas das mãos da Justiça Federal de Curitiba.

O desembargador João Pedro Gebran Neto, do TRF-4 - aquele que votou para aumentar a pena do Lula, lembra, amigo navegante? - negou o pedido da defesa. Ao mesmo tempo, entretanto, questionou a competência da 13a Vara de Curitiba - a vara da Lava Jato - para julgar o caso.

"Com a devida vênia, não vislumbro com a mesma nitidez a competência da 13ª Vara Federal de Curitiba para processamento do feito", diz o desembargador.

De acordo com Gebran, o caso contra o filho de Lula não possuem qualquer relação com as investigações da Operação Lava Jato.

E as acusações contra a empresa de Fábio Luis?

"Em linha de princípio, tenho que a conexão entre os fatos principais e possíveis desdobramentos que teriam levado ao pagamento do sítio de Atibaia é bastante tênue, senão inexistente. Da mesma forma, mostra-se questionável a associação dos fatos envolvendo a compre do sítio de Atibaia e eventuais contribuições (...) para a Gamecorp", diz Gebran.

Em tempo: no dia 12/XII, o procurador Roberto Pozzobon, da força-tarefa de Curitiba, afirmou que não existem provas contra o filho de Lula.

Em tempo2: faltam as provas. Mas a convicção eles já têm...

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