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Folha usa vazamento do Intercept para atacar Lula

Zanin: Léo Pinheiro "fabricou versão" contra presidente
publicado 16/09/2019
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Só a Fel-lha leva o Léo Pinheiro a sério... (Reprodução: Rede Globo)

Reportagem de Felipe Bächtold e José Marques, da Fel-lha e Paula Bianchi, do Intercept Brasil, revela que os procuradores da força-tarefa de Curitiba compartilharam, no aplicativo Telegram, uma proposta de delação premiada de Léo Pinheiro, ex-presidente da empreiteira OAS.

O documento foi obtido através da Vaza Jato do Intercept.

Segundo a reportagem, no acordo de delação, Léo Pinheiro afirma que o presidente Lula foi o "intermediador de negócios" da OAS com os governos da Costa Rica e do Chile.

O empreiteiro afirma, também, que a construtora assumiu uma obra na Bolívia - a construção de uma estrada entre as cidades de Potosí e Tarija - "para agradar ao petista".

O documento também afirma que o presidente boliviano Evo Morales "estaria disposto a compensar economicamente" a OAS.

Léo Pinheiro foi o delator-chave para a Lava Jato prender o Lula, no caso do "triplex do Guarujá".

Em 2016, ele deu dois depoimentos em que afirmou que Lula não era o dono do apartamento.

Só no terceiro depoimento, em abril de 2017, com novo advogado, ele incriminou o presidente...

A Vaza Jato do Intercept confirmou, em junho último, que os próprios procuradores de Curitiba só passaram a levar o Léo Pinheiro a sério depois de ele ter mudado seu depoimento...

Em nota, Cristiano Zanin Martins, advogado do presidente Lula, lembra que "a mentira negociada é a estratégia da Lava Jato para promover uma perseguição política contra o ex-presidente".

"Diálogos já revelados pela própria Folha envolvendo procuradores da Lava Jato mostram que Léo Pinheiro foi preso porque não havia apresentado uma versão incriminatória contra Lula. Da prisão, o empresário fabricou uma versão contra Lula para obter os benefícios que lhe foram prometidos, alterando o comportamento por ele adotado durante a fase de investigação", diz Zanin.

Ele conclui: "a versão de Léo Pinheiro é desmentida por manifestação apresentada em 07/02/2017 pela empresa do próprio executivo — a OAS — no processo, afirmando que 'não foram localizadas contratações ou doações para ex-presidentes da República, tampouco para institutos ou fundações a eles relacionadas'."

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