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Facada: Bolsonaro insiste em "mandante", mas sua defesa sequer questionou

Até o procurador responsável entendeu a estratégia
publicado 02/05/2020
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(Redes Sociais)

Jair Bolsonaro segue com o discurso de que haveria um mandante para a facada que recebeu de Adélio Bispo em 2018. "Será que é interferir na Polícia Federal quase que exigir e implorar a Sergio Moro que apure quem mandou matar Jair Bolsonaro? Cobrei muito dele isso aí", disse Bolsonaro no dia da saída de Moro do Ministério da Justiça.

No entanto, como lembrou à Folha de S.Paulo o procurador responsável pela investigação, Marcelo Medida, do MPF em Juiz de Fora (MG), não há qualquer indício de que alguém tenha encomendado o crime. Disse, ainda, que nem Bolsonaro tem mais ideias sobre para onde a apuração deve ir.

"Tanto não há falta de empenho que não há diligências pendentes indicadas pela banca de advocacia do presidente", diz Medina. "Tivemos acesso a todas as contas de e-mail, a todas as mensagens do Facebook e das demais redes sociais, a todas as mensagens e ligações, ao histórico de ligações de todos os chips que foram usados por ele nos últimos anos, buscando estabelecer correlação com possíveis interessados no homicídio do presidente", afirma. A devassa não mostrou qualquer indício de outro possível envolvido no crime.